Ronaldinho Gaúcho revelou em entrevista divulgada nesta terça-feira pela revista britânica “FourFour Two” que em 2003, antes de ser contratado pelo Barcelona, esteve muito perto de trocar o Paris Saint-Germain pelo Manchester United.
“Estive a ponto de me transferir para o United. Tudo aconteceu muito rápido, em 48 horas. No entanto, Sandro Rosell tinha me perguntado muito antes de receber essa oferta: ‘Se eu for presidente do Barça, você vem?’. E eu lhe disse que sim”, relatou o melhor do mundo pela Fifa em 2004 e 2005.
“Só faltavam detalhes com o United quando Rosell me telefonou para me dizer que venceria as eleições. E eu tinha lhe prometido que jogaria no Barça. A negociação foi simples e rápida. Depois, disse aos ingleses que havia escolhido o Barcelona”, completou.
O jogador 35 anos, que está sem clube desde que rescindiu contrato com o Fluminense, em setembro, chegou ao clube catalão em agosto de 2003 contratado por 30 milhões de euros junto ao PSG.
“Foi a escolha correta. Nós brasileiros sempre gostamos do Barça, temos história lá. Além disso, fora do campo, lá é melhor que qualquer outro lugar da Europa. Gosto muito de Barcelona. Passei cinco temporadas maravilhosas lá, o clube gosta muito dos atacantes e dos jogadores de talento”, comentou.
Perguntado sobre os rumores que o vinculavam ao Blackburn em 2011 após, depois de deixar o Milan, o craque admitiu que conversou com a equipe inglesa, mas desejava voltar ao Brasil e por isso acabou fechando com o Flamengo.
Ronaldinho também revelou qual treinador foi o melhor com quem trabalhou. O camisa 10 admitiu ser fã do holandês Frank Rijkaard, com quem trabalhou no Barça de 2003 a 2008.
“O melhor que tive? Rijkaard, sem dúvida alguma. É um dos melhores do mundo e merece dirigir uma equipe grande. Dentro de pouco tempo estará treinando uma boa seleção e lutando pela Copa do Mundo”, afirmou, desconsiderando, contudo, que o holandês anunciou a aposentadoria no ano passado.
Ronaldinho disse ainda que não teve dúvidas em deixar o Barça em 2008, após cinco temporadas. Na visão dele, o ciclo no clube espanhol já estava encerrado.
“Foi fácil (decidir), era hora de sair. Queria seguir os passos de Rijkaard, que tinha sido meu treinador e que tinha me dito grandes coisas sobre o Milan”, explicou o meia-atacante, que garantiu que a saída não teve relação com o crescimento de Lionel Messi.
“Tive várias opções, mas queria jogar no Milan. Não teve nada a ver com Messi. Sempre tentei ser uma boa influência para ele e tentei fazer nele o que Ronaldo fez comigo. Messi sempre foi muito tímido, mas um grande jogador. Vivíamos na mesma rua e tinha uma relação muito boa com ele e com sua família. Inclusive nesse momento sabia que era jogador melhor que eu”, argumentou.
Fonte: Esporte Terra