Há 20 anos no trecho, Gilmar Lopes enfrenta, com coragem, estradas por esse Brasil afora por várias horas, todos os dias. Mas diante da pequena agulha de vacina ele confessa: “é ótimo cuidar da saúde, mas essa picadinha dói”.
O caminhoneiro não deixou o bom humor de lado na hora de atualizar o cartão de vacina, na ação realizada pela CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde) da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde). “Tomei a vacina da gripe, febre amarela e antitetânica. A gente que anda em vários lugares, com mata, insetos ou está sujeito a sofrer algum corte no caminhão, precisa estar protegido”, completou.
Gilmar é um, dos vários caminhoneiros brasileiros que decidiram protestar, devido ao alto preço dos combustíveis. Em Roraima, um dos pontos de mobilização é na BR-174, próximo ao igarapé Água Boa. Foi para lá que a equipe da CGVS levou cerca de 400 doses de vacinas.
“Todos os tipos de vacina disponíveis para a população adulta foram enviados até lá. São trabalhadores que encontram dificuldades em conseguir um tempo para tomarem uma vacina, por isso essa preocupação que partiu da governadora Suely Campos, e que colocamos em prática nessa manhã”, explicou Daniela Souza, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesau.
Nas estradas há mais de 10 anos, Lucivaldo da Silva reconhece o tempo que passa parado num lugar é curto. “A gente para muito pouco na BR. Tem que chegar logo em casa, e depois já estamos de volta na estrada. Então aqui, todo mundo pode tomar a vacina. Eu só tinha tomado a de febre amarela, para entrar na Venezuela, das outras eu não lembro. Tirei outro cartão e atualizei. Tô protegido”, se despediu.