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Corinthians de Ronaldo foi eliminado pelo Tolima em 2011 e mesmo assim Tite seguiu como técnico
Foto: Daniel Augusto Jr./Fotoarena
“Se eu tirar o Tite, coloco quem? Uma coisa eu garanto: quem vier será igual ou pior.”
A declaração acima foi dada por Andrés Sanchez em fevereiro de 2011 em meio à pressão da torcida para demitir Tite após a eliminação do Corinthians para o Tolima-COL na pré-Libertadores de 2011. Como todos sabem, o técnico foi bancado pela diretoria e se tornou ídolo após sequência história de títulos. O “case de sucesso” é hoje o principal argumento do presidente do Timão para seguir bancando a permanência de Osmar Loss como treinador.
Afinal de contas, faz sentido comparar as crises corinthianas que se distanciam em quase sete anos e meio? Confira abaixo um tira-teima feito pelo Meu Timão e tire suas conclusões!
Semelhanças entre Tite/2011 e Osmar Loss/2018
Resultados decepcionantes – Em seu primeiro grande desafio à frente do Corinthians naquela passagem, Tite fracassou de cara: a Libertadores. Situação similar vive Loss, que tinha como missão inicial deixar o Timão entre os primeiros colocados do Brasileirão durante a parada para a Copa do Mundo, mas viu a equipe despencar para a décima posição.
Pressão da torcida – Tanto Tite quanto Loss sofreram com as críticas da Fiel. No caso de Adenor, a pressão foi presencial: torcedores invadiram o CT Joaquim Grava para apedrejar carros dos jogadores, além das “tradicionais” pichações nos muros do Parque São Jorge. Já com Loss, o principal palco das reclamações, por ora, vem sendo as redes sociais.
Perspectiva de reação em clássico – Eliminado da Libertadores e bancado por Andrés Sanchez, Tite já teve rapidamente chance de reagir em um clássico paulista: enfrentou (e venceu!) o Palmeiras no fim de semana seguinte à eliminação. Com relação a Osmar Loss, o segundo jogo pós-Copa do Mundo já é um clássico contra o São Paulo.
Diferenças entre Tite/2011 e Osmar Loss/2018
Aproveitamento prévio – Apesar da eliminação precoce naquela edição da Libertadores, Tite tinha a seu favor um bom aproveitamento naquele início de passagem pelo Corinthians: em 14 jogos desde a reta final do Brasileirão-2010, somou seis vitórias, sete empates e apenas uma derrota (justamente no jogo de volta contra o Tolima) – 59,5% de aproveitamento. Já Osmar Loss vive cenário oposto: acumulou apenas uma vitória em sete jogos, além de dois empates e quatro derrotas – 23,8% de aproveitamento.
Sequência de desafios – Apesar de cair num mata-mata logo no início de fevereiro, Tite, a partir de então, teve toda uma primeira fase de Campeonato Paulista para trabalhar, sem pressão imediata de novos desafios eliminatórios. Com Osmar Loss, o cenário é mais uma vez oposto: em pouco mais de um mês após a retomada do calendário brasileiro, o Timão decide seu futuro na Copa do Brasil (quartas de final) e na Libertadores (oitavas de final) – isso tudo paralelamente ao Brasileirão, onde a equipe precisa mostrar poder de reação.
Experiência na profissão – Ainda que não fosse ídolo do Corinthians àquela altura, Tite já havia treinado 14 equipes (incluindo uma primeira passagem pelo próprio Parque São Jorge) em 20 anos de carreira, com direito até mesmo a experiência internacional no Oriente Médio. No caso de Osmar Loss acumula passagens profissionais apenas por Juventude e Bragantino. O Timão é seu primeiro grande desafio fora das categorias de base.
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Osmar Loss, Tite e Andrés Sanchez.