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Do empoderamento feminino à especulação imobiliária: os efeitos das IGs nos territórios

13/08/2018
in Brasil

O debate sobre os efeitos da indicação geográfica (IG) sobre os territórios produtores apresentou histórias que vão do empoderamento feminino à especulação imobiliária. Os relatos foram destaque durante o painel “Indicações Geográficas, Marca Coletiva e o Desenvolvimento Territorial”, no III Encontro Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte.

A diretora da associação que administra a IG Argane, produtora do óleo de argan, vendido a preços altos pela indústria de cosméticos, contou que antes da instituição da IG, na região de Suz, no Marrocos, a maioria das mulheres que extraía a substância das castanhas da argânia era analfabeta. “Era um produto feminino, feito por elas, mas vendido pelos homens, que ficavam com o lucro”, disse. “Iniciamos alfabetizando as divorciadas e viúvas, porque os maridos não permitiam, depois fomos avançando e hoje a vida dessas mulheres é outra.”

Kelly Bruch, da IG Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha (RS), listou entre os benefícios da instituição da IG nos territórios a valorização da propriedade, a melhoria do padrão tecnológico, o aumento da oferta de empregos e a atração de novos produtores. “A valorização é também um malefício porque de tempos em tempos uma das cidades da região quer modificar o plano diretor para incluir o território do Vale em área loteável, para construir condomínios”, contou.

O aumento da qualidade de vida do pequeno produtor é para João Leite, gestor da indicação de procedência (IP) Canastra, na conhecida serra mineira, o efeito mais importante no território. “O nosso queijo já chegou a ser vendido por R$ 15 o quilo e hoje é no mínimo R$ 90 na Canastra, porque já vi sendo vendido por R$ 290 para o consumidor final. Isso é melhoria real”, afirmou. Cerca de 750 produtores de queijo trabalham nos sete municípios da serra da Canastra.

O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Ademir Cazella apresentou estudos acadêmicos sobre a instituição de uma cesta de bens e serviços territoriais, verificando que a instituição de IGs acaba favorecendo inclusive produtos não certificados do mesmo local. “Países que se desenvolveram a partir dos territórios têm características como alto potencial empreendedor e tradição secular de valorização dos próprios produtos”, disse.

Fonte: www.agenciasebrae.com.br/sites/v/index.jsp?vgnextoid=06b6de2d12425610VgnVCM1000004c00210aRCRD&vgnextfmt=default

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