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Inaugurada em 2014, Arena ainda não teve seus direitos de nome negociados pelo Timão
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O planejamento inicial do Corinthians com relação aos naming rights da Arena era vender os direitos do nome do estádio por cerca de R$ 450 milhões e receber tal quantia ao longo de 20 anos. Mas a diretoria do Timão pretende selar a concessão do nome da ainda Arena Corinthians e embolsar a quantia futura não por 20, mas dez anos.
A estratégia é alinhar a receita proveniente dos naming rights com o pagamento do estádio. Como o Timão tem doze anos para amortizar a construção da casa alvinegra (até 2028), fica inviável parcelar o montante referente ao NR pelo período de 20 anos.
A futura operação foi explicada pelo diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, veiculada nesta terça-feira.
“O dinheiro do naming rights é decisivo para aliviar as finanças da Arena. Pra vocês terem uma ideia, se eu vendo os naming rights por R$ 400 milhões e 20 anos, exijo o seguinte: ‘Você vai me pagar os R$ 400 milhões por dez anos e depois fica lá de graça por mais dez’. Por que eu quero fazer isso? Pra alinhar o cronograma de pagamento do NR com a amortização do estádio”, iniciou o dirigente.
Segundo Rosenberg, os cerca de R$ 3 milhões mensais obtidos com os naming rights ajudarão o Corinthians da seguinte maneira: este dinheiro será utilizado para pagar as parcelas do financiamento junto ao BNDES, enquanto caberá ao Timão quitar os juros da operação financeira.
“Se eu faço isso, nós estaríamos falando de R$ 40 milhões por ano. R$ 40 milhões por ano são R$ 3,5 milhões por mês, exatamente o valor da amortização que eu tenho que fazer. Se eu faço um contrato desse, eu tenho que usar a arrecadação do estádio só pra pagar juros. Isso é de letra, isso eu pago com (Setor) Oeste. O resto eu liberaria para o clube. Naming rights é decisivo para a saúde financeira da Arena”.
O Corinthians trabalha para reduzir o valor das parcelas da Arena, hoje na casa dos R$ 5,5 milhões, para algo próximo de R$ 3 milhões – fora o custo com manutenção, que gira em torno de R$ 2,3 milhões ao mês. O clube garante que está próximo de chegar a um acordo com a Caixa Econômica Federal, com quem também negocia patrocínio máster.
Confira outras declarações de Rosenberg sobre os naming rights
Ramo do futuro comprador
Quem é o comprador natural do naming rights do Corinthians? Obviamente não é uma Volkswagen, uma General Motors, cujo nome está aqui (no Brasil) há 100 anos e todo mundo conhece. É muito mais uma grande empresa ou do mundo árabe, ou chinesa, ou coreana, que é forte no mundo, quer entrar no Brasil e que ganhe uma fatia de mercado substantiva desde o começo.
Ativações
Eu vou construir um camarote de 100 lugares onde você vai ter um atendimento para seus convidados como eles nunca tiveram. Se é uma companhia aérea, cada portão de entrada dentro e fora do estádio vai parecer um porta de aeroporto. Em vez de aquela câmera ficar voando (sobre o campo) de um lado para o outro no estádio, será um aviãozinho… Isso é o que chamamos de ativação. O que oferecemos de complemento ao nome é mais importante do que a placa.
Acordo distante…
Tem vários em negociação e nenhum eu cheguei a ponto de, digamos, sentar no problema de preço para fechar.
Entenda mais sobre o assunto assistindo ao vídeo abaixo
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Naming Rights, Luis Paulo Rosenberg, Arena Corinthians e Andrés Sanchez.