Depois de um dos jogos mais angustiantes da nossa história, posso dizer que sou mais um dos sobreviventes que estavam no Allianz Parque.
O Scolarismo esteve presente com todos os seus elementos, em um jogo que pode ter sido crucial para a caminhada rumo à nossa obsessão: finalmente podemos dizer que o espirito apático do Roger Machado foi exorcizado.
É impossível falar do jogo sem citar a expulsão do Felipe Melo. Todos os torcedores, gostando ou não do atleta sempre tiveram um pé atrás com a possibilidade de acontecer exatamente o que aconteceu.
Ele mereceu a expulsão e por mais que não saibamos se o arbitro decidiu expulsa-lo por pelas marcas na perna do jogador agredido ou por uma comunicação ilegal com o quarto árbitro o fato é que o “pino” da granada já havia sido retirado quando o Palmeiras o contratou.
Neste momento, não podemos nos deixar levar por qualquer tipo de afeto que tenhamos pelo jogador, seja pelo espírito de luta ou até mesmo pelo futebol. O fato é que a sua irresponsabilidade quase nos custou uma eliminação sem precedentes.
O comportamento do Felipão na entrevista coletiva foi perfeito; apesar de não conseguir esconder o quanto estava irritado com o jogo, evitou de colocar a cabeça do jogador em uma bandeja e servi-la para os calhordas da mídia esportiva.
Acho que este é o fim da linha do Felipe Melo no Palmeiras, com certeza fará algumas partidas no brasileiro e ao final do ano deve ser negociado.
Depois da expulsão o time recuou muito, no entanto mantivemos o jogo sob controle no primeiro tempo; tivemos duas ótimas oportunidades em contra-ataques, porém o William as desperdiçou.
Apesar de um primeiro tempo tenso o Palmeiras mantinha a boa vantagem obtida na merecida vitória fora de casa, mas infelizmente a bola pune.
No segundo tempo com o Palmeiras muito mais recuado o Cerro começou a pressionar principalmente pelas laterais e em um cruzamento errado, o Weverton falhou e tomamos o gol depois de 9 partidas.
A partir deste momento a tensão tomou conta de todos e não existia um só coração Palestrino que não estava saindo pela boca.
A força de nossa torcida foi posta a prova e mais uma vez fez a diferença, empurramos o time, cantamos e vibramos sem parar: Todos em pé, éramos uma extensão do Felipão que deu um show à parte, reclamou, brigou, vibrava com os gandulas, incentivou os jogadores do banco a pressionarem o quarto árbitro e o auxiliar, demonstrou todos os seus recursos “copeiros”.
Por mais que o Deyverson tenha inflamado a torcida, particularmente não gosto daquele tipo de simulação, não combina com o Palmeiras, espero sinceramente que ele seja bem direcionado quanto a isso.
A classificação foi muito comemorada e todos saímos do estádio com a certeza de que ainda teremos fortes emoções nesta Libertadores.
Um grande abraço!
Vitão