Você consegue brigar com um travesseiro? Impossível. O travesseiro absorve qualquer pancada que você aplique a ele sem que ele revide. Isto não é briga; suas pancadas são absorvidas e o travesseiro não é machucado; por isso você desistiu rapidamente e a briga acabou. Se ao menos pudéssemos sempre ser travesseiros para com a raiva.
Como é que pode haver uma briga quando uma das partes simplesmente dá o outro lado da face (Mt 5:38-42)? Verdadeiramente temos aqui um dos provérbios mais valiosos de Salomão. Se você conseguir lembrar esta regra você poderá controlar qualquer adversário raivoso e qualquer confrontação. Se todo o mundo praticasse esta regra a paz seria aumentada em todos os lugares. Que regra abençoada, vinda do Príncipe da Paz!
Uma frase comum da época escolar explicando as brigas afirma que “se um não quiser, dois não brigam.” Verdade! Se qualquer das partes parasse de brigar e demonstrasse bondade, toda briga acabaria.
Mas palavras provocativas e ofensivas; aquelas que naturalmente pensamos quando com raiva somos confrontados ou orgulhosamente nos defendendo, fazem com que as brigas se agravam e continuam. Com justiça são chamadas de “palavras de brigas”. A briga se agravará e causará mais danos a não ser que você ponha um fim rapidamente à disputa (Pv 17:14; 26:21).
Se alguém está com raiva de você, mesmo sendo culpa sua, você pode por um fim pacífico à questão, respondendo suave e bondosamente, ao invés de usar a raiva para se defender (Pv 12:16; 15:18; 29:22). Você vai esmagar o seu orgulho e terminar a briga (Pv 13:10; 21:24; 28:25)? Nossa regra funciona com membros da família, situações no emprego, no governo ou com qualquer outra pessoa. Use-a.
Salomão ensinou a ter grande temor de reis, pois os reis daquela época eram terríveis (Pv 19:12; 20:2). Mas ele também ensinou que a ira deles poderia ser pacificada pela complacência (Pv 16:14; Ec 10:4). Palavras brandas é a arma mais ponderosa contra um príncipe ofendido ou qualquer outra pessoa (Pv 25:15).
Esta é uma maneira piedosa de fazer a paz. Jesus prometeu uma benção aos pacificadores (Mt 5:9), e Ele ensinou àqueles que poderiam ter ofendido a outra pessoa a ir e se reconciliar com ela (Mt 5:23-26). Ele aplicou o nosso provérbio ao ensinar você a entrar em acordo rapidamente com o seu adversário para por um fim à questão. O Espírito de Cristo, que todo o verdadeiro santo deseja ter, é pacificador, brando, de fácil trato e pratica a paz continuamente (Tg 3:17-18).
Os filhos de Zeruia, sobrinhos de Davi, foram duros demais para com ele; (IISm 3:39) e Jesus repreendeu os filhos do trovão, Tiago e João, pelo espírito ímpio deles (Lc 9:55). Senhor, livra-nos de espíritos briguentos e nos dê o espírito brando e humilde de Cristo (IICo 10:1).
Para ser o pacificador que você deve ser para agradar a Deus e ser bem sucedido com os homens, você precisa começar de dentro com o seu espírito para com os outros (Tg. 3:13-18). Palavras mansas e agradáveis só podem vir de um coração puro e manso (Pv 22:11; Lc 6:45). Sua maneira agradável de falar só deveria ser raramente temperada com sal como a de Jesus Cristo (Cl 4:6; IICo 10:1).