Com esse tema que a 10ª Parada do Orgulho LGBTT tomará as ruas de Mesquita e não poderia ser tão atual e reflexivo. A partir daí, todos os anos a Parada segue assim, se vestindo de um tema político ou social ou cultural, para dialogar com o público, e se vestindo também de muito orgulho, de alegria, de palavras de ordem, de música, de cores, de purpurina, das mais diversas – e divertidas – expressões e de muita representatividade. Sim, aceite, lá pode. E você também é bem-vindo(a). O evento contara com varias atrações e será da estação de Juscelino na Estrada Feliciano Sodré até onde é executado aos domingos o Pagode da Feira. A realização fica por conta da ONG AGANIM DIREITOS HUMANOS e PREFEITURA DE MESQUITA.
De ano em ano a Parada vem colocando multidões na rua, como o ano passado, que registrou 10.000 pessoas em Mesquita. Ganhou sim em grandiosidade, mas por trás desses números e de todo lucro que o evento reverbera na economia (pois é! Engana-se você que olha para o evento apenas como destino do seu imposto pago), seus participantes querem, impactar a todos com o seu potencial discurso, que inclui diversidade, aceitação e tolerância, e a sua relevância e presença dentro do cenário social.
SOBRE TOLERÂNCIA E O BRASIL
Brasil é o país do Carnaval e do futebol, mas não é o país da tolerância. Infelizmente, aqui é lugar o que mais mata LGBTs no mundo todo. Não sou eu quem estou dizendo. Se você digitar no Google vai aparecer em diversos veículos de mídia o relatório da entidade Grupo Gay da Bahia (GGB) que afirma que em 2017 o país atingiu o seu maior registro de homicídios da população LGBT, com 445 casos, um aumento de 30% em relação a 2016.
Faça as contas e agora imagina quantos não morrem todos os dias, apenas por serem quem são. Se ainda assim, você, não-LGBT, não sentir o peso e a dor que esses números carregam, tudo bem, alguém bem ao seu lado poderá te contar o quanto de medo, raiva, revolta e outros sentimentos isso pode pesar no dia a dia.