Se não achar a fórmula mágica para gerar ainda mais receitas, o Barcelona terá um grande dilema a resolver: manter a dupla Messi-Neymar ou ter um elenco tão estrelado quanto o que já tem?
E quem escancara esse problema a se resolver é a matemática. Hoje, o Barcelona já tem 69% de suas receitas comprometidas com o pagamento de salários. Está no limite do que é estabelecido pela lei do Fair Play financeiro da Uefa, a lei de responsabilidade fiscal que basicamente proíbe que os clubes gastem mais do que arrecadam na temporada – o máximo permitido é de 70%.
Na última temporada, o clube declarou salários de 200 milhões de euros. E esse valor é mais que duplicado quando considerado todas as obrigações que o clube tem com impostos. No total, segundo balanço do time, foram 419 milhões de euros investidos nisso. Ou 69% do faturamento histórico de 608 milhões.
A partir da próxima temporada, porém, este número salarial vai estourar. A começar por conta de Lionel Messi. O argentino tem uma cláusula em seu contrato que aumenta automaticamente o seu salário de 23 para 39,4 milhões de euros líquidos a partir de julho.
Para piorar a situação, Neymar vem sendo sondado por vários clubes, incluindo o arquirrival Real Madrid. Para renovar o contrato de seu outro astro, o Barcelona terá que desembolsar mais uma enorme quantia de dinheiro. Na Espanha, especula-se que o brasileiro esteja pleiteando um aumento de 10 para 23 milhões de euros anuais.
Ainda há um agravante a mais neste caso todo. A relação entre salário e receita é feita a partir da última temporada, que teve um recorde histórico de faturamento, com a conquista de todos os principais campeonatos. Para o próximo ano, esse número tem boas chances de diminuir.
E não é só com a Uefa que o Barcelona tem que se preocupar. O próprio clube tem um dispositivo em seu estatuto que prevê que o presidente possa ser destituído se não conseguir equilibrar as contas.
Por isso tudo, o clube já tem sido muito mais cauteloso na hora de contratar novos jogadores. E vai buscando a sua própria fórmula secreta para explodir o patrocínio. A ideia é de que o fautramento atinja em um futuro próximo o impressionante número de um bilhão de euros. E um dos segredos disso é a renegociação do patrocínio com a Qatar Airways.
Os valores especulados nas negociações chegam a 240 milhões por quatro temporadas. Vale lembrar que, até 2011, o clube nunca havia tido patrocínio em sua camisa. E considerava isso uma tradição tão grande que teve que mudar o estatuto para poder liberar a estampa de uma marca em sua camisa.
Mas se essa fórmula secreta de aumentar o faturamento não der certo imediatamente, a chance de vermos grandes nomes deixando o clube na próxima temporada é grande.
Fonte: Sportyou