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Jair Ventura e o Corinthians terão árdua missão de reverter placar na final da Copa do Brasil
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Com a cabeça na final da Copa do Brasil, o Corinthians enfrentou o rival Santos, no Pacaembu, pagou o preço do desentrosamento e foi derrotado por 1 a 0. O Meu Timão explica os motivos do resultado adverso.
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Jair Ventura preferiu poupar grande parte do time titular e escalou apenas três jogadores considerados titulares. Com isso, o Corinthians entrou em campo com: Walter; Léo Santos, Marllon, Pedro Henrique e Carlos Augusto; Gabriel e Douglas; Pedrinho, Emerson Sheik e Mateus Vital; Jonathas.
Primeiro tempo
Reprodução / Premiere
Ao contrário do que se desenhava, a formação inicial trouxe algumas novidades. Léo Santos foi quem apareceu na lateral direita, não Pedro Henrique; Emerson Sheik atuou mais pela faixa central do campo, se movimentando, enquanto Mateus Vital ocupou a faixa esquerda.
Com isso, a movimentação e o desenho tático, que não é habitual do Corinthians, confundiram o Santos nos primeiros 15 minutos e, assim, o Timão demonstrou superioridade em campo. Desta forma, Emerson Sheik finalizou com perigo e logo após, Mateus Vital perdeu grande chance e desperdiçou a chance de abrir o placar.
Em um time que vive má fase técnica, sobretudo dos atacantes, além do agravante que o Timão não marca há quatro jogos, qualquer chance perdida acaba sendo muito sentida. Com isto, a equipe corinthiana parou de produzir ofensivamente e a movimentação do ataque, que vinha sendo boa, deixou de se entender. Desta maneira, o Santos cresceu no jogo, foi se achando em campo e equilibrando a partida.
E o rival não demorou para achar o gol. Em falha de Douglas, que acompanhou de maneira equivocada a movimentação de Arthur Gomes pela ponta direita, o atacante adversário chutou, Walter defendeu parcialmente, mas ninguém do Corinthians esteve atento no rebote. O detalhe é que ainda houve tempo para Bruno Henrique ajeitar e Gabriel finalizar com total liberdade. Veja na imagem abaixo.
Reprodução / Premiere
Após o gol sofrido, a equipe de Jair Ventura, com oito caras novas, muitos jovens e o veterano e capitão Emerson Sheik, parou de produzir em todos os quesitos. Mesmo com a superioridade na posse de bola, tal domínio era ilusório e o Corinthians trocava passes na intermediária ou campo de defesa.
Avanços ofensivos, agressividade, profundidade, transição ofensiva, saída de bola… Todos os defeitos já conhecidos aconteceram novamente. Tais defeitos vêm ocorrendo desde a chegada de Jair Ventura, que não tem conseguido trabalhar a parte ofensiva, seja no time titular ou alternativo.
Com poucas chegadas do Santos no restante do primeiro tempo, a marcação e a defesa do Corinthians se encaixaram, ao menos. Porém, o poder de reação, somando à falta de criatividade, minaram as chances do Timão em chegar com qualidade no terço final.
Segundo tempo
Já no intervalo, Léo Santos, que fez um bom papel na lateral-direita, com alguns avanços e dribles, sentiu desconforto muscular e deu lugar a Thiaguinho, outro jogador improvisado na posição que não possui um reserva de origem para Fagner. Entretanto, sem o “cacoete” e desenvoltura de um lateral-direito, o jovem se limitou a defender e ser burocrático ofensivamente.
Com isso, o Corinthians perdeu uma arma que, surpreendentemente, teve apoios pela lateral direita. O lado esquerdo, portanto, foi o principal lado usado no segundo tempo, somado à saída do apagado Mateus Vital e entrada de Clayson, que ajudou a criar a principal chance do time, mas não enfrenta bom momento.
Sabendo da dificuldade, limitação e pragmatismo da equipe corinthiana, o Santos adotou postura reativa e o Timão continuou com maior posse de bola, que seguia improdutiva e estéril. A equipe adversária teve algumas chances, sendo que Walter fez verdadeiro milagre no fim da partida.
Mesmo assim, o sistema defensivo do Corinthians não teve grandes sustos e teve papel razoável. O maior problema seguiu sendo a armação e criação da equipe. Danilo ainda entrou na vaga de Emerson Sheik, mas pouco pegou na bola. Jonathas, que fez, após de mais de três meses de clube, o seu primeiro jogo completo, não teve atuação inspirada e não aproveitou e serviu seus companheiros a partir do pivô.
Contudo, Gabriel e Marllon tiveram chances quase idênticas, de cabeça, e na marca da cal, para tentar o empate. As duas bolas tiveram o mesmo endereço: rasparam a trave direita do goleiro do Santos. Veja o lance de Gabriel abaixo.
Reprodução / Premiere
Uma fase ruim, turbulenta e irregular, principalmente em um clube do tamanho do Corinthians, acaba pesando em tais momentos. Os jogadores possuem menos tranquilidade para realizar as ações em campo.
Com uma final de Copa do Brasil em pouco menos de quatro dias, o Corinthians de Jair Ventura precisará provar que superou – ao menos para garantir o título – todos os problemas que enfrenta depois da saída de tantos jogadores importantes no começo e, sobretudo, meio da temporada.
Com desfecho positivo ou não, o Timão precisa se atentar à tabela do Brasileirão, visto que está a cinco pontos da zona de rebaixamento. Restando oito partidas para o término da competição, o Corinthians precisará se adequar à realidade e buscar, com todas as forças, dos jogadores e Fiel, sair da situação incômoda que enfrenta no torneio nacional.
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Jair Ventura, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.