No dia 09 de novembro de 1977, o ex-zagueiro Ramos Delgado fazia sua primeira partida como técnico do Santos FC em substituição a Oto Glória, no empate em 1 a 1, diante do América Mineiro pelo Campeonato Brasileiro, na Vila Belmiro. Aílton Lira foi quem marcou para o Peixe que formou com Ricardo; Nelsinho Batista, Marçal, Neto e Gilberto Sorriso; Carlos Roberto (Gilberto Costa), Aílton Lira e Toinzinho; Nilton Batata, Juary (Evilásio) e João Paulo.
José Manuel Ramos Delgado, nascido em Quilmes, na Argentina, dirigiu a equipe santista em 26 partidas conquistando 09 vitórias, 09 empates e 08 derrotas com o time marcando 41 e sofrendo 30 gols. A última vez em que entrou em campo como treinador foi no dia 16/04/978 na vitória diante da Portuguesa Santista pelo placar de 2 a 0 com gols de João Paulo e Juary formando o Peixe na despedida do técnico argentino com: Paulinho; Nelsinho Batista, Gilberto Costa, Fernando e Gilberto Sorriso (Neto); Bianchi, Aílton Lira (De Rosis) e Toinzinho (Nelson Borges); Juary, Reinaldo (Clayton) e João Paulo.
Na partida seguinte (no dia 20/04) em que não mais treinava o time santista quem sentou no banco de reservas comandando interinamente a equipe de Vila Belmiro foi o também ex-jogador Mengálvio Figueiró na derrota diante do Operário do Mato Grosso do Sul, numa partida que ficou marcada pelos atos de violência ocorridos nas arquibancadas do Estádio do Pacaembu. Chico Formiga foi quem assumiu o comando do Alvinegro depois desse jogo, quando então começou a nascer a equipe que ficaria conhecida como a primeira geração dos “Meninos da Vila” que heroicamente conquistou o título de Campeão Paulista de 1978 disputando a final contra o São Paulo no ano posterior. Ramos Delgado, apelidado de “El Negro” pela imprensa argentina defendeu as cores do Santos FC atuando como zagueiro em 323 oportunidades marcando apenas um gol. Alguns anos após abandonar a carreira de treinador retornou a Vila Belmiro para trabalhar nas equipes de base do clube praiano. Ramos Delgado faleceu aos 75 anos no dia 03/12/2010 na localidade de Villa Elisa na província de Buenos Aires na Argentina.
Texto: Guilherme Guarche – Centro de Memória