Em setembro, o setor de serviços teve variação negativa de 0,3% frente a agosto (série com ajuste sazonal), e encerrou quatro meses de volatilidade: maio (-3,5%), junho (4,9%), julho (-2,0%) e agosto (1,4%). Em relação a setembro de 2017 (série sem ajuste sazonal), os serviços cresceram 0,5%, a segunda taxa positiva seguida desde novembro (1,0%) e dezembro (0,5%) de 2014. O acumulado no ano ficou em -0,4%. Já o acumulado em 12 meses passou de -0,6% em agosto para -0,3% em setembro, a taxa negativa menos intensa desde junho de 2015 (-0,2%). No terceiro trimestre (série sem ajuste sazonal), o setor de serviços cresceu 0,7% frente ao mesmo período de 2017 e interrompeu uma sequência de 14 trimestres seguidos de queda.
Período
Volume (%)
Receita Nominal (%)
Setembro 18 / Agosto 18*
-0,3
0,0
Setembro 18 / Setembro 17
0,5
3,2
Acumulado Janeiro-Setembro
-0,4
2,3
Acumulado nos Últimos 12 Meses
-0,3
2,9
*série com ajuste sazonal
A variação de -0,3% de agosto para setembro foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que, ao recuar 1,3%, devolveu parte do ganho de 2,8% verificado em agosto. Os demais resultados negativos vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), que eliminou parte do avanço de 3,1% observado em agosto, e de outros serviços (-3,2%), que suprimiu integralmente o ganho do mês anterior (1,0%). Já os serviços de informação e comunicação (0,4%) e os prestados às famílias (1,4%) contribuíram positivamente para o volume de serviços nesse mês.
O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviços está à direita desta página.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços variou -0,3% no trimestre encerrado em setembro de 2018 frente ao mês anterior, após ter alcançado a taxa mais intensa da série histórica (1,4%) no trimestre terminado em agosto. Entre os setores, o ramo de outros serviços (-1,8%) teve a retração mais intensa após alta de 0,5% em agosto. Os demais resultados negativos vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%), que devolveu parte do avanço do mês anterior (4,3%), e de serviços de informação e comunicação (-0,8%), que manteve a trajetória descendente iniciada em junho. Já os serviços prestados às famílias (1,6%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,2%) tiveram taxas positivas, e permaneceram com trajetória ascendente iniciada em junho e julho de 2018.
Em relação a setembro de 2017, o setor de serviços cresceu 0,5%, com avanço em três das cinco atividades e em 41,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (2,2%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,6%) deram as principais contribuições positivas. Outro impacto positivo veio dos serviços prestados às famílias (0,4%). Já as influências negativas ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,3%) e com outros serviços (-4,0%).
O acumulado no ano variou -0,4%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) e os de informação e comunicação (-1,2%) exerceram os principais impactos negativos. O outro setor que também recuou foi o de serviços prestados às famílias (-0,8%). Já as contribuições positivas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,3%) e de outros serviços (1,6%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Setembro 2018 – Variação (%)
Atividades de Divulgação
Mês/ Mês anterior (1)
Mensal (2)
Acumulado no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
JUL
AGO
SET
JUL
AGO
SET
JAN- JUL
JAN- AGO
JAN- SET
Até JUL
Até AGO
Até SET
Volume de Serviços – Brasil
-2,0
1,4
-0,3
-0,1
1,7
0,5
-0,8
-0,5
-0,4
-1,0
-0,6
-0,3
1. Serviços prestados às famílias
4,2
-0,7
1,4
-0,1
4,9
0,4
-1,7
-0,9
-0,8
-1,2
-0,4
-0,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação
4,7
-0,9
1,2
0,5
6,2
0,9
-1,0
-0,1
0,0
-0,4
0,3
0,0
1.2 Outros serviços prestados às famílias
1,8
0,9
2,0
-3,6
-1,5
-2,6
-5,6
-5,1
-4,8
-5,1
-4,5
-4,5
2. Serviços de informação e comunicação
-2,2
-0,5
0,4
0,1
-1,1
2,2
-1,7
-1,6
-1,2
-1,8
-1,6
-1,0
2.1 Serviços de TIC
-1,6
-0,2
0,1
0,5
-0,7
3,1
-1,6
-1,5
-1,0
-1,5
-1,4
-0,7
2.1.1 Telecomunicações
-0,3
-0,3
-0,4
-0,9
-1,1
-1,0
-4,0
-3,7
-3,4
-3,9
-3,6
-3,2
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação
-1,9
-0,4
1,3
3,8
0,2
12,3
4,2
3,6
4,6
2,9
2,3
4,2
2.2 Serviços audiovisuais
-4,0
-1,5
1,4
-2,7
-3,9
-3,8
-2,5
-2,7
-2,8
-3,6
-2,4
-2,3
3. Serviços prof., adm. e complementares
-1,1
3,1
-1,4
-2,8
0,5
-2,3
-2,2
-1,9
-1,9
-3,8
-3,2
-2,8
3.1 Serviços tecnico-profissionais
-3,3
2,9
1,3
0,0
1,8
-3,1
0,5
0,7
0,2
-3,4
-2,0
-1,7
3.2 Serviços administrativos e complementares
0,2
2,7
-1,9
-3,7
0,1
-2,1
-3,1
-2,7
-2,6
-3,5
-3,2
-3,0
4. Transp., serviços aux. aos transp. e correio
-3,8
2,8
-1,3
1,4
4,4
1,6
0,8
1,3
1,3
2,8
2,8
2,6
4.1 Transporte terrestre
-3,1
0,5
-1,6
7,4
6,5
0,9
2,0
2,6
2,4
3,3
3,7
3,5
4.2 Transporte aquaviário
-6,2
9,5
-0,1
-10,3
-1,4
0,0
-1,4
-1,4
-1,2
10,2
7,7
5,2
4.3 Transporte aéreo
-23,6
22,4
-1,4
-5,6
12,3
20,1
-0,6
1,2
3,1
-10,4
-8,2
-4,3
4.4 Armazenagem, serv. aux. transp. e correio
-3,2
2,8
0,4
-3,7
0,1
-1,6
-0,3
-0,3
-0,4
4,3
3,2
2,4
5. Outros serviços
-3,2
1,0
-3,2
1,0
1,2
-4,0
2,4
2,3
1,6
-1,8
-0,9
-0,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores
No terceiro trimestre (sem ajuste sazonal), o setor de serviços cresceu 0,7% frente ao mesmo período do ano passado, e interrompeu uma sequência de 14 trimestres seguidos de queda. Essa alta foi verificada em quatro dos cinco setores investigados, com destaques para os serviços prestados às famílias, que passaram de -1,6% no período abril-junho para 1,6% em julho-setembro deste ano, e para o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que intensificaram o ritmo de crescimento (de 0,3% para 2,8%). Os demais ganhos vieram de serviços de informação e comunicação (de -0,3% para 0,4%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (de -1,6% para -1,5%). A única perda foi observada no setor de outros serviços (de 3,5% para -0,6%).
Entre as 27 unidades da federação, 22 registram quedas nos serviços
Entre agosto e setembro (com ajuste sazonal), 22 das 27 unidades da federação tiveram quedas, acompanhando a variação de -0,3% no país. Entre os resultados negativos, destaques para o Rio de Janeiro (-2,5%), que devolveu integralmente o avanço do mês anterior (2,3%). Já a principal variação positiva veio de São Paulo (0,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou ganho de 1,4% nesse período.
Em relação a setembro de 2017, a expansão do volume de serviços no país (0,5%) foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (3,4%), com avanço em quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (8,7%), seguido por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e outros serviços (3,4%). A influência negativa mais relevante veio do Rio de Janeiro (-5,1%), com recuo em quatro dos cinco setores pesquisados, e destaque para as perdas dos serviços de informação e comunicação (-7,3%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,6%).
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve quedas em 21 das 27 unidades da federação. Os principais impactos negativos vieram do Rio de Janeiro (-1,8%), Ceará (-8,3%) e Paraná (-2,4%). Já São Paulo (1,4%) registrou a contribuição positiva mais relevante.
Atividades turísticas variam -0,4% frente a agosto
O índice de atividades turísticas variou -0,4% entre agosto e setembro, e devolveu parte do avanço de 2,8% do mês anterior. Seis das 12 unidades da federação acompanharam essa queda, com destaque para Ceará (-6,2%), Paraná (-1,9%) e Distrito Federal (-1,9%). Já as contribuições positivas mais relevantes vieram de São Paulo (0,6%) e Goiás (3,2%).
Em relação a setembro de 2017, o volume de atividades turísticas no país cresceu 5,5%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros e de hotéis. Em sentido oposto, o segmento de restaurantes exerceu a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos.
Dez das 12 unidades da federação onde as atividades turísticas são investigadas mostraram avanço, com destaque para São Paulo (9,6%), que emplaca a sua sétima taxa positiva seguida. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Ceará (13,5%), Goiás (14,5%) e Pernambuco (7,3%). Em contrapartida, os únicos impactos negativos vieram do Paraná (-10,3%) e do Rio de Janeiro (-3,1%).
No acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 1,4% frente a igual período de 2017, impulsionado, sobretudo, pelo ramo de hotéis, de locação de automóveis, de transporte aéreo de passageiros e de agências de viagens. Em sentido oposto, o principal impacto negativo permanece com o segmento de restaurantes. Nove dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (4,2%), seguido por Pernambuco (5,2%), Minas Gerais (2,0%) e Santa Catarina (4,5%). Já Rio de Janeiro (-4,6%) e Paraná (-5,1%) assinalaram as principais influências negativas.