Mais de cem aldeias do Alto Solimões, na Amazônia, já possuem comunidades da Recordação da Santa Missão (RDSM), uma seita católico-messiânica fundada em 1972 que quase morreu junto com seu fundador, o pregador José Francisco da Cruz.
A seita impõe regras severas aos seus membros, incluindo restrições a festas, bebidas alcoólicas e nega direitos femininos.
Um dos exemplos é que as mulheres não podem entrar na igreja quando estão menstruadas.
A RDSM ainda pede a doação de 10% de tudo que a pessoa possui, quem não pode doar o dízimo do salário, deve doar bens materiais como rádios, um animal, qualquer coisa, ou ainda doar seu trabalho.
Uma ex-frequentadora da seita disse que no começo as mulheres eram impedidas de conversar com homens e, caso descumprissem a regra, eram obrigadas a ficar de joelhos durante toda a madrugada.
“Isso não existe mais, mas as congregadas ainda não podem usar calças compridas e nem deixar os cabelos soltos”, relata Elisabeth Perez de Souza, 52 anos, que ainda faz doações à RDSM mesmo sem participar das reuniões.
O ressurgimento da seita, porém, tem levado benefícios para as aldeias, principalmente pelas restrições do consumo de bebidas. Com informações Uol