Um homem sábio consegue fechar a boca, mesmo quando ele conhece mais sobre o assunto do que qualquer outra pessoa do grupo. Um tolo não consegue fechar a boca, mesmo quando, basicamente, ele não sabe nada, pois o seu coração exige que ele continue arrotando tolices. Será que Salomão nunca vai encerrar a sua repreensão sobre a língua, ou os seus repetidos avisos são necessários para esse membro profano?
A língua, o membro físico que usamos para falar, é uma grande fonte de maldade e de problemas. Há muitos versículos em Provérbios e em outras partes que nos corrige e nos instrui a respeito do nosso falar. Existem várias razões; é fácil formar palavras, podemos facilmente ofender a outras pessoas, podemos nos destruir facilmente, e desacreditamos o Senhor Jesus Cristo pelo nosso falar impiedoso.
Um homem prudente é sábio. Ele sabe quando e o que falar, e como fazê-lo! Ele tem conhecimento, mas ele o guarda de sair correndo da sua boca. Se ele conhece um assunto, a sua humildade o preserva de falar a respeito (Pv 29:11). Se ele conhece as fraquezas de uma pessoa, a caridade o impede de espalhá-las (Pv 11:13). Se ele enxerga um cisco num olho de alguém, ele espera até tirar a trave do seu próprio olho (Mt 7:5). Se ele se encontra com um zombador, ele não gasta as suas pérolas (Mt 7:6).
Um homem prudente geralmente é um homem reservado (Pv 17:27-28). Ele falará quando se dirigem a ele, mas ele não estará oferecendo a sua opinião aqui e mais além sem que seja solicitado a fazê-lo. Ele sabe que há pecado certo numa multidão de palavras e, por isso, ele reduz as suas palavras pela metade (Pv 10:19). Ele sabe que é melhor ouvir do que falar, por muitas razões (Tg 1:19-20).
Este homem é fácil de você identificar numa multidão, pois ele estará ouvindo mais do que falando. Mas o tolo tem um fogo em seu coração que incendeia a sua língua! E esse fogo vem direto do inferno (Tg 3:1-12)! Tiago não poupa nada em sua terrível acusação a respeito da língua do tolo! É um mundo de iniquidade, mas o tolo ama usá-lo. É fácil identificá-lo numa multidão, pois ele não consegue parar de falar, e as suas palavras são um matraquear detestável de tolices (Ec 10:3).
Um insensato está sempre dando a sua opinião, apesar dos ouvintes rapidamente reconhecerem que ele não sabe do que está falando (Pv 15:28). Ele precisa falar, e por isso ele continua, confirmando a sua grande ignorância. Um tolo divulgará as falhas dos outros, pois ele não tem poder algum de controlar as suas palavras. Ele precisa tagarelar e cochichar. Ele se sente feliz em contar para qualquer um a respeito do cisco nos olhos dele e nos olhos dos demais, mesmo quando a trave do galpão cobre o seu rosto!
O nosso abençoado Senhor era muito prudente (Is 52:13). Ele não era um patrocinador de si mesmo (Mt 8:4; 16:20; 11:29; 12:18-21). Ele sabia quando falar, e quando não falar, apesar de conhecer todas as coisas (Is 50:4; Jo 2:24-25). Leitor, siga o exemplo abençoado Dele, ainda hoje!