Uma decisão em segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) baixou de R$ 50 mil para pouco mais de R$ 5 mil a fiança fixada para que Carlos Alexandre Hassum Moreira, de 45 anos, responda em liberdade pelo crime de estelionato.
De acordo com o advogado de Hassum, Rafael Faria, ele será solto na quarta-feira (16) após pagar a fiança.
No despacho, o desembargador Cairo Ítalo França David verificou que a fiança foi arbitrada em valor “bem considerável, sem qualquer comprovação de renda do acusado”, o que, de acordo com o magistrado, “praticamente inviabilizaria a sua liberdade”.
A decisão determina que a fiança passe para seis salários mínimos, mas Carlos Hassum deve firmar compromisso de comparecer a todos os atos do processo sempre que for convocado. Além disso, o magistrado também estipula que o acusado não pode mudar de enderço ou sair do município por mais de oito dias. Para isso, Carlos precisará de autorização judicial.
Carlos, que é irmão do humorista Leandro Hassum, foi preso no sábado (13) por suspeita de aplicar golpes em donos de camarotes de luxo para o último dia de desfiles de escolas de samba do Grupo Especial.
Entenda o caso
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Antenor Lopes Martins, para aplicar golpes em empresários do carnaval carioca, Carlos Hassum se passava por gerente de uma grande operadora de turismo, revendia os ingressos e não pagava nada aos camarotes.
“É um esquema engenhoso. Inclusive, um dos camarotes no qual ele aplicou o golpe foi o Folia Tropical. Ele já havia comprado dez ingressos, por R$ 20 mil. Hoje [neste sábado], Hassum tinha feito um novo pedido e estimamos que o prejuízo para a empresa chegaria a R$ 70 mil”, afirmou o delegado da especializada ao G1 no dia da prisão.
O esquema, segundo a polícia, funcionava da seguinte forma: Hassum cirou um e-mail falso e se passava por um gerente da Flytour. Acostumados com a transação, a operadora não desconfiava do golpe e acatava os pedidos de ingressos com a promessa de que seriam pagos posteriormente. A conta, porém, nunca seria quitada.
O homem foi preso no Recreio, na Zona Oeste do Rio, e indiciado por estelionato. No dia, foi levado pelos agentes para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte da cidade. Hassum, de acordo com a polícia, tem antecedentes criminais também por estelionato e exercício ilegal da medicina.
Do G1