“É uma forma de ocupar meu tempo e distrair a mente. Me sinto útil quando participo de alguma atividade, ainda mais sendo de culinária, porque lembro de tudo que aprendi com minha mãe. Ela era uma cozinheira de mão cheia”. O relato é do paciente Paulo Siqueira, de 47 anos, atualmente em tratamento na Residência Terapêutica I e que junto a outros nove pacientes participou da oficina de biscoitos do projeto Cozinha Terapia. A ação foi realizada nesta sexta-feira (14) na Residência Terapêutica I Amarilis Toledo, no Monte Castelo.
A coordenadora da Residência Terapêutica I Amarilis Toledo, Rafaelly Polary, afirma que a humanização de atividades como esta promovem a inserção do paciente não só no meio social, como também, fazem com que eles se sintam valorizados e acolhidos pela sociedade. “Trabalhamos nas residências terapêuticas e no CAPS III com o princípio da humanização que compreende um conjunto de ações que disponibilizam aos pacientes de saúde mental tratamentos que vão além dos medicamentos, além disso perpassam por uma série de cuidados que promovem a integralidade da reabilitação psicossocial”.
A Cozinha Terapia, em parceria com a Escola Senac, tem a intenção de promover novas alternativas nutricionais e de renda. O objetivo é contribuir para a inclusão dos pacientes no meio social, de acordo com os preceitos da Reforma Psiquiátrica e dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao final de cada oficina, os alunos recebem certificado de acordo com a especialidade que participaram.
Para a coordenadora do CAPS III, Ana Gabrielle Romanhol, o projeto Cozinha Terapia é uma experiência estratégica, terapêutica e de reinserção social, que tem sido priorizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). “O que queremos é incentivá-los a ter uma ocupação e mostrar que eles são capazes. É despertar aptidões escondidas, além de promover a interação com os outros colegas que também estão em tratamento”, disse.
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