Um aplicativo que rastreia a localização dos filhos está gerando polêmica nas famílias e levanta a questão: qual o limite para a vigilância e cuidado com os filhos?
Mãe coruja, Priscila defende o uso do aplicativo:
“A minha criação sempre foi muito da minha mãe sempre dar liberdade, ter ensinado, dado a base, os princípios, e a gente sair para o mundo, mas sempre uma liberdade, que a gente, sempre ela falou, uma liberdade vigiada”, argumenta.
Seu filho, Felipe de 10 anos, só sai de casa com o aparelho que o monitora, mesmo quando ele está brincando no condomínio fechado onde moram. Para ele, o aplicativo garante uma maior segurança:
“Eu acho que é mais seguro de eu não sair onde ela manda. E é para minha segurança isso”.
Através do celular, Priscila monitora onde ele está indo e até a velocidade que ele está pedalando quando está andando de bicicleta. Junto com Priscila, outras 700 mães coruja já estão usando o aplicativo.
Para Manuela Batista Pires de 13 anos, melhor do que o aplicativo é fortalecer a confiança entre pais e filhos:
“Eu não ia gostar, porque acho que os pais têm que ter confiança nos filhos e saber que eles vão direto para casa ou para onde combinou”.
“Eu vou me sentir presa, porque ele vai estar me acompanhando em todo o lugar que eu for”, completa Nádia Monteiro Stockholm, de 13 anos.
A psicóloga e pedagoga Ana Claudia Crivellaro argumenta que é preciso ter um equilíbrio entre liberdade e controle:
“Para mãe é difícil, né, ver o filho crescer. Mas ele precisa dessa autonomia para poder seguir os seus passos. Eu acho que acompanhar é importante. Controlar tem as suas limitações”.
O aplicativo também pode ser usado no monitoramento de idosos e animais de estimação.
E você, usaria um aplicativo para rastrear a localização de seu filho?
Fonte: G1