Lauana Prado lançou em dezembro de 2018 o primeiro DVD da sua carreira, “Verdade”. Gravado no Hangar Studios, em São Paulo, em agosto passado, álbum e DVD contam com a produção de Fernando Zor e a direção de vídeo assinada por Catatau.
Na esteira do sucesso de “Cobaia”, canção lançada em julho passado, Lauana gravou seu novo projeto com dez músicas, sendo sete inéditas. As três regravações são a autoral “Serasa”, música de 2016 que a apresentou ao público, e “Cobaia”, composição de Bruno Caliman que está entre as principais canções sertanejas de 2018, além de “Trilha”, que integra o repertório do recém-lançado EP homônimo da cantora.
Ainda sobre “Cobaia”, Lauana coleciona conquistas expressivas. A canção, que entrou no Viral Global e nos virais Brasil e Portugal, está hoje entre as 50 músicas mais tocadas no Spotify Brasil, além de se encontrar nas principais playlists de música sertaneja da plataforma, onde a faixa está mais de 27 milhões de streams. O vídeo ao vivo e o clipe oficial da canção contam com mais de 42 milhões de visualizações no YouTube.
Como foi o início da sua trajetória na música? Eu comecei com 15 para 16 anos a cantar profissionalmente, na verdade, a minha vida sempre foi muito ligada a música, desde muito nova eu apresentava esse desejo de cantar e de ser artista. Já tocava violão aos 9 anos, tinha iniciação musical no teclado, mais o meu instrumento que escolhi mesmo foi o violão. Comecei a fazer minhas primeira apresentação em eventos fechados, comemorativos, alguns eventos onde minha mãe trabalhava e eu acabava levando o violão para ganhar um dinheirinho, acabava fazendo um pouquinho de ao vivo lá, e ai eu comecei a fazer bailes, isso lá em Araguaína, onde fui criada, lá eu iniciei a minha carreira, comecei a playtear, cantar em alguns bares com um repertório bem eclético, mais sempre que cantava sertanejo, era algo muito chamativo, as pessoas gostavam e pediam bastante, então eu fui entendendo com o passar do tempo, que o sertanejo era o meu estilo, era o que eu conseguia me sentir confortável e “em casa”, vamos dizer assim na hora de cantar. Então, o meu início musical foi assim, logo em seguida tive a oportunidade de participar de alguns programas na televisão, como o Raul Gil nos quadros “Jovens Talentos” e “Mulheres que Brilham”, onde esse último foi no ano de 2015, sendo campeã do programa e tendo a oportunidade de gravar meu primeiro disco. De lá em diante, fui embora pra São Paulo, eu iniciei a minha carreira como compolicia, na verdade, eu comecei a comercializar as minhas composições, eu sempre escrevia, só que escrevia muito para o meu próprio trabalho. Comecei a trabalhar como compositora efetivamente aqui em São Paulo, que foi quando conheci o Fernando, da dupla Fernando e Sorocaba, que é meu produtor e meu padrinho de carreira, e de lá em diante, começamos a trabalhar juntos, ele acreditou em mim como artista primeiramente e desde então estamos a 3 anos trabalhando, graças a Deus tivemos a gravação do nosso primeiro DVD, gravado em agosto do ano passado, e estamos colhendo frutos muito bacanas. Posso dizer que resumidamente, essa é a minha trajetória.
Em dezembro do ano passado, foi lançado o seu primeiro DVD intitulado “Verdade” com o produtor Fernando Zor. Poderia falar um pouco sobre essa experiência. Mais do que uma experiência, foi a realização de um grande sonho, de todo artista que tem uma carreira, que dala uma vida profissional realmente, seja em qualquer área, principalmente como cantor e compositor, eu diria que todo mundo vislumbra esse momento de você ter uma material legal gravado e poder disseminar esse material pelo Brasil inteiro. Diria que foi além de um sonho realizado, foi um grande degrau, que eu tive a oportunidade de subir, além de tudo, nós tivermos a felicidade de ter uma gravadora sensacional, que é a Universal Music, que vem apostando, não só como gravadora, mais como também, parte desse sonho, da concretização desses passos, e a gente tem sido muito feliz por onde a gente passa, recebendo o carinho das pessoas, vendo o andamento desse trabalho, acompanhando tudo nas redes sociais e a proporção que isso vem tomando, vem deixando a gente cada vez mais contente e certo de que fizemos as melhores escolhas de todos os aspectos, do repertório, do cenário, na parte visual, enfim. Realmente, o DVD “Verdade” tem esse nome, justamente por ser de verdade em todos os departamentos.
Sucesso nas paradas musicais de sertanejo no ano passado, “Cobaia” foi um trabalho em conjunto seu com Bruno Caliman. Como foi trabalhar com ele como compositor? Olha, o Calimã é um dos maiores compositores do Brasil e um dos caras que mais me inspirou em vários momentos da minha vida como compositora, acho que todo mundo que escreve ou que curte o sertanejo atual, sabe o quanto ele contribuiu com sua inteligência, com sua criatividade, sua maneira simples mais ao mesmo tempo original de falar de amor e de relacionamento, então para mim foi uma honra gravar uma música dele, foi uma música que chegou assim, muito por “acaso”, a música tem seus endereços, e acreditei nessa composição e trouxe ela para o meu universo, para a minha maneira de cantar e de interpretar. Para mim foi uma experiência incrível, muitos artistas aí tentam isso e para mim realmente foi um grande passo, me senti muito honrada, de alguma forma carregar as suas composições.
O que te inspirou a fazer a música “Trilha”? “A Trilha” foi uma música que nasceu no meu apartamento, dentre esses dias que a gente sempre marcava de compor e de escrever, e eu queria fazer algo com uma sonoridade diferente. No início ela nasceu no violão, eu fiz junto com um grande parceiro meu, Pedro Solto Maior, um cara que escreve, conhecido nos estúdios, escrevendo já algum tempo, e na verdade foi um desejo que eu tinha de fazer algo diferente, juntamente com ele, que tivesse uma temática diferente, que tivesse essa sensação de falar de alguém como sendo um ponto turístico, uma paisagem, um lugar onde você vai para descansar. Eu tinha muito esse desejo de falar de uma pessoa como sendo um lugar paradisíaco. Assim “A Trilha” foi nascendo, a gente começou, fizemos o começo da música, paramos um tempo, voltamos, e assim que ela ficou pronta, e junto com o Fernando, ele achou que seria muito legal levar essa ideia para o ukulele, que é um instrumento que eu toco, e que a gente vem explorando a bastante tempo, e que deu super certo, trouxe essa realidade paradisíaca, falando do amor como uma viagem, de você viajar até alguém, e também trazendo o ukulele, que é um instrumento praiano, um instrumento que remete todas essas coisas, então assim “A Trilha” nasceu, e toda vez que a gente toca o pessoal gosta muito.
Como foi sua sensação ao ver “Cobaia” emplacando na Viral Global? Esperava tamanha repercussão? É claro que quando a gente deslumbra a “Cobaia” pela primeira vez, eu já sabia que se tratava de um super hit, senti que além de ser uma música extremamente inteligente, ela mexeria de alguma forma com a vida das pessoas, só que quando isso acontece, mesmo que você visualize e imagine isso, na prática é sempre surpreendente, sempre muito excitante vamos dizer assim. Ver as pessoas cantando no show, o desempenho dela nas redes sociais, na própria playlist de Spotify, em todas as plataformas de música, que ela vem desempenhando um excelente trabalho é surreal, é gratificante primeiramente e com certeza absoluta, é um presente, é a concretização de um sonho e a confirmação do sentimento que eu tive no primeiro momento que resolvi interpreta-la e coloca-la na minha maneira de cantar.