No próximo dia 1º de março, o Banco da Amazônia realiza em Rondônia o Encontro de Negócios e Perspectivas para 2016. O evento reunirá o setor produtivo do Estado, além de representantes dos Governos Estadual, municipais e sociedade civil para debater o cenário econômico atual, a atuação do banco em 2015 e as oportunidades de investimentos da instituição para este ano em Rondônia, cujos valores alcançam recursos na ordem de R$ 696 milhões.
Marcado para as 9 horas, no Teatro Palácio Guaporé, o encontro contará com a presença do presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo – que dá prosseguimento à agenda de visitas a todos os Estados da Amazônia Legal para reafirmar o compromisso da Instituição para com o desenvolvimento sustentável da região – e do governador de Rondônia, Confúcio Moura. Ambos assinam um protocolo de intenções para impulsionar os negócios sustentáveis no Estado.
Durante o evento, o economista Luís Suzigan, da LCA, empresa de consultoria especializada na área econômica, ministrará a palestra “Oportunidades e riscos frente ao cenário econômico atual”, e o superintendente regional do Banco da Amazônia, Edmar Souza Bernaldino, fará palestra sobre as linhas de crédito da instituição disponíveis ao mercado.
Parceria com Governo de Rondônia impulsiona negócios sustentáveis
O protocolo entre o banco e o governo de Rondônia prevê a mobilização e a integração das classes produtivas e demais parceiros institucionais para a utilização dos valores disponíveis no Plano de Aplicação de Recursos do Banco da Amazônia 2016. O trabalho conjunto prevê, ainda, contribuir com a estruturação e o fortalecimento dos aglomerados econômicos, arranjos produtivos locais e as cadeias produtivas do Estado e criar iniciativas que reduzam as desigualdades locais.
A parceria também objetiva a promoção da cultura do empreendedorismo consciente, estimulando e apoiando a adoção de melhores práticas produtivas sustentáveis, por meio de negócios que gerem a distribuição de renda, criem oportunidades de ocupação de mão de obra e de emprego e promovam a inclusão social.
Para cumprir com esses objetivos, caberá ao banco atuar de acordo com as políticas do Governo Federal e Estadual, apoiarem o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo de produção do meio rural, agroindustrial e industrial e assegurar recursos para financiar o investimento, custeio e capital de giro.
Já ao Governo Estadual caberá potencializar o agronegócio, promovendo a inserção da produção familiar nos mercados, bem como os setores industriais e de serviços, a partir da expansão de atividades de maior demanda de mão de obra, intensificando a geração de emprego e renda. E, ainda, assegurar e disponibilizar os serviços de assistência técnica e extensão rural do Estado e garantir recursos financeiros para melhorar e expandir a infraestrutura econômica básica em áreas prioritárias.
Banco da Amazônia tem R$ 696 milhões para investir em Rondônia em 2016
O Banco da Amazônia tem disponível para aplicar em Rondônia este ano R$ 696 milhões, sendo R$ 574,6 milhões de créditos de fomento e R$ 121,4 milhões de créditos da carteira comercial da organização. Os valores de fomento são originários do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Segundo o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros do banco para o ano de 2016, as prioridades econômicas para financiamento estão voltadas para três eixos estratégicos. O primeiro contempla os projetos sustentáveis prioritários para os Estados da Amazônia Legal, que valorizem as potencialidades locais e, ao mesmo tempo, promovam a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão social e a redução das desigualdades intra e inter-regionais. O segundo e o terceiro eixos dizem respeito às oportunidades de investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões dos Estados e os arranjos produtivos locais (APL’s) prioritários nessas localidades.
A despeito da conjuntura econômica do país, onde palavras como crise e retração estão na ordem do dia dos investidores e do mercado, o Banco da Amazônia está otimista em relação à aplicação dos recursos disponíveis. Entre os projetos sustentáveis prioritários para Rondônia está o de Sociobiodiversidade, que beneficiará as regiões do Vale do Guaporé, Mamoré e Baixo Madeira.
Já o de Aquicultura e Pesca, que atingirá todas as mesorregiões do Estado, pretende-se buscar eficiência na infraestrutura da cadeia para fins de logística, além de instalação de frigoríficos de peixe e de sistema de estatística para toda a cadeia produtiva. O de Cafeicultura, previsto para as mesorregiões de Cacoal e Zona da Mata, irá ampliar área plantada com uso de novas tecnologias e estimular o crédito para novas áreas.
No que concerne aos investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões, as oportunidades englobam investimentos em hortifrutigranjeiros, avicultura, suinocultura, ovinocultura, caprinocultura, agroindústrias, apicultura, cacauicultura e piscicultura.
No que diz respeito aos Arranjos Produtivos Locais, na pecuária leiteira, por exemplo, a intenção do Banco da Amazônia é a de investir em produção, envolvendo áreas como a genética, para transferência de embriões, aquisição de matrizes e touros, ciência, tecnologia e inovação e assistência técnica, além do manejo para recuperação de pastagens. Haverá, ainda, investimentos na formação de campineiras e silagem, pastio rotativo, capacitação técnica e do produtor.
Investimentos do Banco da Amazônia em Rondônia chegam a R$ 5 bilhões
Nos últimos cinco anos, o Banco da Amazônia aplicou em Rondônia R$ 5 bilhões em créditos de fomento. Para o desenvolvimento do comércio e do setor de serviços foi destinado R$ 1,5 bilhão, mesmo valor direcionado à agropecuária, ou seja, R$ 1,5 bilhão. Às micro e pequenas empresas foram R$ 637,7 milhões, à agricultura familiar R$ 639 milhões, às atividades florestais foram R$ 69,6 e aos empreendedores informais, por meio do Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), foram destinados R$ 4,9 milhões.
Ao longo desse período, a instituição tem participado de grandes ações estruturantes no Estado, como o projeto do Complexo do rio Madeira para construção das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau.
Os recursos do Banco da Amazônia trazem benefícios socioecômicos para Rondônia. Em 2015, por exemplo, o impacto sobre o valor bruto da produção (VBP), ou seja, tudo que foi gerado de riqueza no Estado, chegou a R$ 4,5 bilhões. Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual, o impacto no ano passado foi de R$ 2,5 bilhões. Os tributos gerados a partir das operações realizadas chegaram a R$ 607 milhões e foram mais de 131 mil empregos gerados e R$ 601 milhões em salários.
Somente em 2015, pelo FNO no Estado, foram contratados R$ 948 milhões, totalizando 5.167 operações, abrangendo todos os setores produtivos do Estado, merecendo destaque o agronegócio, que representou 72% do volume contratado.
Segundo dados do Banco Central, a participação do Banco da Amazônia no crédito de fomento, em Rondônia, é de 72,36%, e 49,08% dos créditos totais. As treze agências da instituição representam 13,40% de toda a rede de agências do Estado. O atendimento do banco cobre 100% dos municípios e os recursos investidos serviram para potencializar as atividades realizadas por empreendedores individuais, além de mini, micro, pequenas, médias e grandes empresas locais.