Diretor cita manutenção do elenco campeão brasileiro e dívidas a vencer como principais motivos da saída do lateral.
Sábado, após a vitória do Verdão sobre o São Paulo, no Pacaembu, o diretor de futebol Alexandre Mattos falou sobre a venda do lateral Luan Cândido para o futebol alemão. O executivo disse que não gosta de vender garotos, pediu desculpas à torcida, mas justificou a medida.
“Eu, mais do que ninguém, não quero ficar vendendo menino da base. Não é o certo a se fazer. Odeio isso. O Palmeiras não tinha um projeto de excelência de base há muito tempo. Estamos fazendo esse projeto com muito carinho. Isso tudo faz com que a gente peça desculpas ao torcedor, por não estar colocando em prática aquilo que nós mesmos plantamos, mas estamos fazendo outro projeto: manter o Palmeiras muito competitivo” iniciou o diretor.
“A partir do momento em que você faz a manutenção de um time campeão, e isso custa, e tem uma premissa da eleição do presidente Maurício de zerar as dívidas. O Palmeiras tem R$ 65 milhões executados neste ano e em até dez dias temos de resolver R$ 44 milhões do Wesley. São mais de R$ 100 milhões e não tem problema, vamos pagar. O Palmeiras está se estruturando, pagando, tendo um elenco competitivo, então, em algum momento, para não faltar nem atrasar salário, precisamos equilibrar” completou.
Mattos também defendeu os termos do negócio: “Estão banalizando o valor: foi a terceira maior venda da história do Palmeiras. O Palmeiras é um time que, se quiserem vir aqui, venham, mas com 3 ou 4 milhões, como começou a conversa, não vai. Tomara que ele dê muito certo, porque é um menino do bem, e o Palmeiras vai ganhar dinheiro mais lá na frente. E afirmo sem medo de errar: qualquer lateral brasileiro de Série A, titular ou reserva, que receber uma proposta dessas (8 milhões de euros + 2 milhões de bônus), tenho certeza de que 99,5% dos clubes brasileiros vendem”.
Boato: Alexandre Mattos também foi questionado sobre a possibilidade do Palmeiras tentar a contratação do atacante Alexandre Pato, que está livre no mercado após rescindir com o clube que defendia na China. O executivo desconversou.
“Temos que falar dos jogadores que estão aqui. Vamos valorizar o time que jogou hoje (sábado), um clássico difícil, com torcida única adversária. O nosso foco é aqui. Não vamos falar de jogador que não está aqui. Se um dia estiver, não só ele como qualquer outro, a gente fala” encerrou.