O Sebrae/PR, o Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás – CIBiogás e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – UNIDO realizaram nesta segunda-feira (18), em Curitiba, a assinatura do Termo de Cooperação para o “Projeto para o Desenvolvimento do Biogás e Biometano no Sul do País”. O objetivo é desenvolver iniciativas conjuntas para o fortalecimento da produção de biogás e biometano nas pequenas empresas e cadeias produtivas do agronegócio.
Além de gerar modelos de negócios e incentivar a cadeia produtiva do biogás por meio de governanças territoriais e setoriais, o acordo também prevê realizar atividades de capacitação para produtores de biogás, identificação de linhas de crédito para pequenos negócios, além de outras ações de fomento ao segmento. O projeto liderado pelo Sebrae/PR ainda integrará ações com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As regiões Oeste e a dos Campos Gerais no Paraná, identificadas como de grande potencial para a produção e consumo de biogás, serão as primeiras a receber os investimentos decorrentes desse acordo.
O Paraná é pioneiro na realização de atividades para difundir a utilização do biogás, uma vez que sedia o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento desse tipo de energia (localizado na Itaipu Binacional), além de buscar linhas de cooperação para a produção dessa energia. O potencial da utilização desse tipo de energia é especialmente grande no setor agropecuário que gerou, apenas em 2017, um PIB de R$1,4 trilhão. Os custos com energia representam em média 17% dos custos totais de um produtor de aves conforme informações do CIBiogás. A proposta foca na utilização dos resíduos para levar uma energia mais barata para o produtor rural. A UNIDO participa do acordo por meio de seu Departamento de Energia na prioridade de diminuir a emissão de gases do efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.
“Vamos incentivar planos de desenvolvimento, capacitar e organizar as empresas da cadeia produtiva do biogás e do biometano em rede ou comunidades de empreendimentos nos territórios, o que vai gerar modelos de negócios no segmento, incluindo processos associativos de produção”, projeta Agostini, diretor de Operações do Sebrae/PR.
A sistematização dessa metodologia bem como seus resultados, que pretende valorizar a inovação e desenvolvimento de modelos de negócios, possibilitará a replicação em outros territórios e materializa um processo de inteligência para uso do biogás para redução dos custos com energia. Importante ressaltar que os instrumentos (metodologia, documentação de apoio e resultados) serão disponibilizados para uso da sociedade civil, empresas, instituições públicas e academia. Reforça Andrea Faria que está na coordenação nacional do biogás na Cadeia de Valor da Energia.