Amigos Palestrinos,
Estrear o blog com vitória já seria algo fantástico, estrear com goleada é muito melhor, então hoje pode ser considerado um dia daqueles, afinal estreio minha coluna aqui no Palmeiras , o que é algo especial, pois falar do Palmeiras para palmeirenses é motivador e ao mesmo tempo desafiador, agradeço a o Eduardo pela oportunidade e a partir de agora vamos falar daquilo que mais interessa o PALMEIRAS, e o assunto de minha estreia mexe com o brio de todos nós, o grande aporte monetário que nosso time recebe.
A grande moda dos dias atuais é falar dos milhões que o Palmeiras fatura mensalmente, trimestralmente, semestralmente ou anualmente, não importa o período, mas os programas esportivos não se cansam de dizer do faturamento e da “obrigação” que nosso verdão tem em ganhar tudo, jogar bonito, principalmente no dia seguinte de um jogo, que passa ser assunto secundário.
Alguns apresentadores chegam a ter surtos psicóticos quando vão analisar os números do Palmeiras, tentando eleger mecenas, salvadores da pátria, dependência e sempre fazendo propaganda para levar-nos ao convencimento de que eles dizem a verdade, apenas eles.
Cabe nesse contexto a pergunta: Dinheiro traz felicidade? Se perguntar a um grande amigo meu, Palestrino roxo claro, ele iria responder secamente: Claro que não, dinheiro não traz felicidade, ele compra. Mas será que compra mesmo?
A entrada de milhões nem sempre é garantia de sucesso, nem nas empresas que não atuam no futebol, vamos lembrar: A ENRON, norte americana do setor elétrico, as empresas petrolíferas do Eike Batista, que levantaram milhões em bolsa de valores e? Nada. A Kodak que apesar de ser considerada a maior empresa de fotografia do mundo, teve que se reinventar para conseguir manter-se no mercado reduzindo consideravelmente seu tamanho.
Se é tão difícil assim para empresas que atuam no mercado manterem-se ativas, mesmo com os milhões que possuem, por que no futebol isso tem que ser regra de sucesso?
Sendo assim o Brasil não teria nenhum mundial, ou as seleções europeias não tem mais dinheiro e recursos que a nossa? O PSG teria que ganhar tudo, afinal é um time multimilionário, mas não é o que vemos acontecer.
Esse esporte é muito mais que dinheiro, futebol é condição física, psicológica, técnica, tática e, além de sofrer influências externas, como erros de arbitragem, entre outras. Afirmar que o jogador não está a altura do time após vários jogos ruins dele no time é fácil, difícil e entender como o artilheiro e melhor jogador de um campeonato vem para o seu time e o futebol dele some. O dinheiro fez sua parte, trouxe aquilo que a torcida queria e o que diziam ser melhor naquele momento, porém o melhor do passado não se repete no presente.
Se a arrecadação do clube sobe a cada ano é sinal que está brigando por títulos (isso sim é obrigação, brigar por títulos), com isso mantém o índice de ocupação do seu campo sempre alto, consegue prêmios por boas colocações, mais dinheiro de patrocínios (maior visibilidade) e com isso pode reinvestir no time para continuar esse ciclo.
Dizer que não sei a quem interessa falar tanto do dinheiro que o Palmeiras recebe, seria mentira, afinal hoje a grande mídia quer apenas criar escândalos, intrigas, revoltas e principalmente polêmicas que serão discutidas em rodinhas de amigos, em perfis de redes sociais, ganhando assim mais audiência, mais seguidores e mais dinheiro (ops… a mídia também ganha? Isso ninguém fala por quê?).
Enfim a minha reposta para a pergunta inicial é: O dinheiro não traz felicidade, mas ele pode criar condições para que a felicidade aconteça… E sejamos sinceros 2 brasileiros e uma copa do Brasil em 4 anos já está fazendo efeito, não está?
Leandro Santile
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sobre nosso novo colunista: Leandro é contador, professor universitário e especialista em legislação tributária. Seus textos irão ao ar semanalmente aqui no PTD para tratar de diversos assuntos, não apenas relacionados à finanças ou bola/campo.
Bem-vindo, Leandro!