E ainda, remanescentes do concurso da Assembleia podem começar a estudar para outros concursos, a Casa está no prazo e aprovados tem preferência
Foguetório
Desnecessário o protocolo de pedido de impeachment do governador Marcos Rocha (PSL) na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira. Tipo de ação que desgasta mais a oposição que o próprio governo. Sem contar que a lei na qual foi embasado o pedido, é estadual e não encontra força suficiente para arguir a cassação de mandato de um Chefe do Executivo. O impeachment é um processo político, mas precisa ter embasamento jurídico mínimo. As nomeações para autarquias são de caráter pessoal. Difícil ter sustentação para conseguir qualquer tipo de simpatia, até mesmo por quem não gosta de Rocha.
Melhor seria
Apontar as falhas dos que foram indicados ou uma lista de motivos para que eles sejam afastados. A gente já vive um momento conturbado politicamente em nível de Brasil, e criar confusão em Rondônia, por uma tecnicidade nessa altura do campeonato é só complicar ainda mais o cenário político. Melhor também seria orientar o governo a desenvolver políticas para geração de emprego, atração de empresas e qualificação, porque a coisa tá feia.
Quer um exemplo?
Em Candeias funciona uma fábrica de ração. O empresário só pode operar seu maquinário duas vezes na semana. Quando ele liga tudo por lá, falta energia na cidade. Rondônia, apesar de ter três grandes usinas e dezenas de PCHs, não consegue fornecer energia elétrica de qualidade para implantação de empresas. O Estado precisa apertar a Energisa para resolver essa questão. O Hospital do Amor teve que construir uma subestação para poder ligar os equipamentos. Rondônia precisa de solução e não de mais confusão.
Prazos
A Assembleia Legislativa promoveu concurso público ano passado atendendo a recomendações do Ministério Público. Foram 110 vagas disputadas por gente do Brasil todo. O desemprego está alto e concursos públicos vão se tornar cada vez mais exíguos. Porém, há que se levar em conta os prazos da administração pública. Os aprovados já conseguiram acelerar bem o processo. A Assembleia montou comissão, o concurso já foi homologado e prazos precisam ser respeitados. Quanto aos remanescentes, é bom começarem a fazer outros concursos, pois dificilmente serão chamados. E não tem lei que obrigue essa convocação.
Classificar em concurso
É diferente de ser aprovado. Pode até ser que entre, mas tem que haver desistências para que isso ocorra. O legislativo deve começar a chamar os taquígrafos, conforme havíamos antecipado há quase um mês. Os demais cargos serão convocados de acordo com a necessidade da Casa. É chato, é injusto, mas é o que estabelece a Lei. E mais, esse deve ter sido o último concurso público do Legislativo. A ordem em Brasília, que está sendo estendida aos Estados é terceirizar todos esses cargos.
Pouso forçado
O ex-secretário de saúde Williamens Pimentel está cumprindo em sua residência a prisão temporária decretada pela justiça na última sexta-feira. Ele se apresentou nesta segunda, deu depoimento e como é advogado, foi concedida a domiciliar. O proprietário da empresa Rima, Gilberto Scheffer foi liberado no fim da tarde desta segunda-feira com habeas corpus.
Lista sextupla
Demétrio Laino Justo Filho, José Vitor Costa Júnior, Marta Luzia Leszczynski; Delaías Souza de Jesus, Maria Eugênia de Oliveira e Noel Nunes de Andrade são os nomes dos advogados que compõe a lista sextupla da OAB para o cargo de juiz eleitoral pelo Quinto Constitucional. O secretário-geral da OAB, Márcio Melo Nogueira, lembra que não há previsão constitucional para que o TJRO receba a indicação da lista sêxtupla votada pela colegiada da OAB, porém, em deferência aos relevantes serviços da entidade e da classe, acolhe a lista da OAB, para a posterior eleição da lista tríplice. Atualmente, compõem a Corte do TRE-RO, como juízes titulares representando a classe dos juristas, os advogados Paulo Rogério José e Clênio Amorim Correa.
Pesquisadores brasileiros identificam bactérias que facilitam diagnóstico de câncer intestinal
Pesquisadores brasileiros publicaram nesta segunda-feira (1º), na revista científica “Nature”, os resultados de um estudo que pode ajudar no diagnóstico precoce do câncer de intestino, o terceiro mais comum no mundo e no Brasil. Em conjunto com especialistas da Universidade de Trento, na Itália, pesquisadores do hospital A.C Camargo e da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram identificar um conjunto de bactérias que servem como “marcadores” em testes para o diagnóstico da doença. No estudo, os pesquisadores analisaram o material genético em amostras extraídas das fezes de 969 pessoas com e sem câncer. Foram usadas amostras de populações da Alemanha, França, Itália, China, Japão, Canadá e Estados Unidos. Eles descobriram 16 micro-organismos que só estão presentes na flora (também conhecida como microbiota) intestinal ou fecal do intestino de pessoas com câncer intestinal. A expectativa dos pesquisadores é que a capacidade de verificar com testes se esses micro-organismos estão no organismo dos pacientes ajude a identificar mais facilmente indivíduos com este tipo de câncer. O biólogo Andrew Thomas, um dos participantes da pesquisa, explica que a descoberta pode ajudar o trabalho de oncologistas. “Esse estudo mostra que a microbiota de fezes é um indicador forte para a presença do câncer colorretal, independentemente da população sendo estudada ou da dieta das pessoas. Com isso, poderemos empregar testes que utilizam a microbiota fecal em conjunto com o teste do sangue oculto (feito para verificar a presença de sangue nas fezes) para obter detecções mais sensíveis e específicas, inclusive nos estágios iniciais da doença”, diz Thomas.