Mais conhecida como “Anna Bagunceira”, a cantora Anna Júlia virou destaque após participar do time de Carlinhos Brown no The Voice Brasil do ano passado, quando se classificou com a música “Shape Of You” do britânico Ed Sheeran.
Com mais de 3 milhões de inscritos em seu canal, Anna costuma postar covers e opiniões sobre os mais diversos assuntos, sendo “As Pitadas da Anitta”, o seu vídeo mais visto.
Iniciou sua carreira de cantora ainda aos 17 anos de idade, tocando em uma banda que fazia eventos em casamentos e em eventos sociais. Hoje é conhecida pelos sucessos de “#Abrakadabra” e pelo single “Terminal”.
De onde veio o seu amor pela música?
Vim de uma família de cantores e músicos. Meus pais cantam e tinham um grupo chamado Per Cantare. Esse grupo era composto pelos meus pais e mais alguns integrantes da família, como algumas tias e primas. O grupo tinha nome italiano porque sou descendente principalmente de italianos, mas eles cantavam músicas diversas, como românticas clássicas, MPB, etc. Eu comecei fazer parte desse grupo aos 15 anos mas apenas como pianista, não cantava na época. Comecei estudar piano clássico com 6 anos e resolvi levar como profissão aos 15 para tirar uma grana já que fazíamos vários eventos na época. As coisas foram amadurecendo e aos 17 anos comecei a cantar e levar a carreira de artista em si mais a sério. Desde então tudo que tenho feito tem me levado no caminho da arte e do entretenimento. Participei de uma banda que rodou muitos estados do Brasil quando eu ainda tinha 17 anos e aos 19 anos segui meu projeto solo.
Como foi participar do Programa do Ratinho no SBT?
Foi a primeira vez que tive contato com o mundo do entretenimento em si, afinal eu venho de cidade pequena e ainda vivo aqui. Capitais grandes e TV sempre foram algo muito distante da minha realidade. Eu estava muito nervosa! (risos) sei que tive muitas falhas mas foi uma experiência que contou para toda minha vida não só na parte de técnica vocal, mas como experiência de vida em si.
Qual foi sua primeira experiência profissional
como cantora?
Aos 17 anos comecei a cantar em uma banda que tocava em diversos eventos sociais como festas de casamento, formaturas, etc. Foi minha primeira experiência com palco e com público. Era bem assustador no início eu era muito imatura ainda mas aprendi muito com todo contexto que englobava esses shows. As viagens, as horas de show cansativas e como me manter bem pra fazer todos shows trouxeram uma bagagem incrível!
De onde veio inspiração para criar o EP “#Abrakadabra”?
Muitas músicas do EP já haviam sido escritas muitos anos antes, algumas já gravadas e guardadas na gaveta. Todas elas fazem parte de experiências próprias. Mas, quando eu tinha medo de colocar explicitamente uma experiência minha, eu escrevia em inglês ou mudava um pouco a história (risos)! Hoje eu não tenho medo de expôr o que sinto e com certeza o próximo trabalho vai ser bem diferente e muito divertido. Algo que os bagunceiros vai se identificar muito.
Como foi a produção do single “Terminal”?
Terminal foi uma música que levou 3 meses para ficar pronta, só na parte da produção. Antes disso eu tive muito trabalho com a composição também. O produtor usou e abusou da percussão o que trouxe uma identidade maravilhosa pra musica. Quando escrevi eu refleti sobre o fato de estar no meio de dois amores mas que nenhum deles era meu amor de verdade e no fim, “esse amor é terminal tanto que já nem me lembro mais” , eu simplesmente vou embora sem nenhum dos dois amores. Reflete muito na minha sexualidade, entre escolher o bom partido, alguém interessante mas nenhum é um amor de verdade pra mim, afinal eu gosto de outra coisa (risos).
De onde veio a ideia de criar o canal “Anna Bagunceira”? E porque esse nome?
Minha principal inspiração para o canal foi o canal Depois das Onze. Eu vivia nesse meio do youtube fazia muito tempo mas não sei dizer o momento específico que surgiu o BUM: vou criar um canal! (risos) Eu tinha um canal de cover muito tempo antes do Anna Bagunceira, mas ele foi hackeado, não dei muita importância também, afinal, havia poucos inscritos e o conteúdo não era muito bom. Só sei que quando resolvi criar e começar do zero me envolvi totalmente e me apaixonei pela plataforma! Não havia nome mas eu de começo já tinha o bordão: E aí seus bagunceiros tudo certo com vocês! Nisso, mais tarde, surgiu a ideia: Anna Bagunceira
Como foi trabalhar com Carlinhos Brown no “The Voice Brasil”?
Nós somos jovens que chegamos naquele mundão chamado projac sem saber o que vai acontecer lá dentro e muito menos o que vai acontecer depois daquilo tudo. Os técnicos deixam um recado muito mais importante que a voz quando viram a cadeira: Você está preparado! Carlinhos Brown é um alto astral em pessoa e um cara que, além de ter feito eu me sentir extremamente confortável durante o programa, me divertiu e me deu dicas não só como cantora, mas como artista. Afinal, depois da cadeira virada, eles acabam conhecendo os candidatos por completo. Eu cheguei no The Voice Brasil com uma cabeça de quem ia aprender, ia conviver com pessoas do meio e antes de se sair bem em cima do palco, pensei em adquirir tudo que pudesse. Era o quarto ano que me inscrevia e foi o ano em que estava preparada, independente de qual etapa eu conseguiria alcançar durante o programa.
Deixe uma mensagem.
Primeiramente, agradecer pela entrevista! Sempre bom compartilhar experiências e mostrar pras pessoas que a internet te abre portas independente de onde a gente esteja. Esse novo universo do entretenimento trouxe muitas oportunidades. Antes, essas oportunidades se concentravam em mãos específicas e quem tinha sonho de viver da arte precisava quase que contar com a sorte. Hoje os meios de comunicação nos dão acesso a tudo e a todos, então não importa o que você faça e o que você quer mostrar, alguém vai ver e vai se interessar!