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O comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN), coronel Alarico José Pessoa Azevedo Júnior, avaliou que a Força tem se aproximado mais da população neste começo de gestão da governadora Fátima Bezerra. Para ele, graças ao auxílio prestado pelo cidadão, a polícia tem conseguido resolver e até evitar crimes antes que eles aconteçam.
“Estamos trazendo o povo e as comunidades para dentro do
quartel. Os comandantes estão indo para as reuniões e ouvindo a população, que
é quem sabe, porque são eles que estão. É uma ação que vai aumentar de acordo
com a proximidade das comunidades com a Polícia Militar”, disse.
Em entrevista ao programa Jornal Agora, apresentado das 6h às 7h na Rádio Agora FM (97,9), o comandante-geral da PM lembrou que o cidadão tem responsabilidade de contatar o policial, seja pelo 181, WhatsApp, ou ao participar de reuniões. O coronel Alarico entendeu que essa integração polícia-cidadão, resultou na diminuição no índice de violência no Rio Grande do Norte.
“A cada mês, há uma redução de 25% nesses índices. Já alcançamos
33% e 42% de redução. Se a PM não for ambiciosa nesse sentido, sempre estaremos
a mercê desses grupos e facções da criminalidade. O objetivo é ter uma média de
25% de redução homicídios ao final do ano”, explicou.
Integração das
polícias
De acordo com o coronel Alarico, além da ajuda da população,
todo o trabalho da Polícia Militar tem sido auxiliado pela integração com as
outras Forças, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Instituto
Técnico-Científico de Perícia (Itep). Isto, segundo ele, tem sido vital para o
combate ao crime no Estado.
“Temos uma equipe muito integrada. Tudo se soma ao esforço
feito pelo Governo do Estado. Há uma grande união pelo bem da população. Isso
já representa 90% das ações que estamos fazendo. Isso mostra que o policial é
sociedade. Se um setor está trabalhando bem, os outros estarão, essa integração
é muito boa para que o Estado cresça e saia dessa situação de insegurança”.
Recursos
A Polícia Militar está na expectativa de receber recursos
para melhorar as condições de trabalho de seus agentes. O comandante-geral da
Força espera que, da parte dos R$ 80 milhões que virão da Secretaria Nacional
de Segurança Pública voltadas para a PM, e dos R$ 40 milhões oriundos de
emendas impositivas, a Polícia Militar possa contar com nossas viaturas,
armamentos e fardamentos.
“Dos R$ 80 milhões, R$ 29 milhões serão destinados à Polícia
Militar e R$ 21 milhões para compra de um helicóptero. Outros R$ 29 milhões
contemplarão compras de viaturas 4×4. Estamos precisando dela no interior do Estado
para fazer o patrulhamento rural. Com a compra dessas viaturas, fardamentos,
armamento, colete, guincho e munição, as condições do serviço prestado à
sociedade vão melhorar”, apontou.
Concurso público
Hoje, o Rio Grande do Norte conta com um efetivo de 7.900
agentes. De acordo com o coronel Alarico, ainda há um déficit de 6 mil agentes.
A esperança é um concurso público que promete aumentar a quantidade de
policiais nas ruas.
“Temos um concurso em andamento. Já terminamos a fase do
exame médico e agora estamos na fase do exame físico. A empresa contratada pela
administração recebeu a relação dos aprovados, que foi publicada. Estamos nos
reunindo com eles para elaborar o calendário para que se possam fazer esses
exames; isso vai ser divulgado em breve”, contou o comandante.
Diminuição da atuação
das facções
O juiz de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar
sugeriu, no mês passados, que a queda na atuação das facções criminosas no
Estado se daria em razão de uma trégua entre os grupos. O coronel Alarico José
discordou, e analisou que o fato se deve em decorrência da atuação da polícia
potiguar.
“Se estamos mais ostensivos, eles estão menos; agindo de uma
forma mais cautelosa, sabendo que há uma força policial que está próxima e
sendo acionada para chegar a esses eventos o mais rápido possível. As facções
criminosas sabem onde estão pisando, afinal são o crime organizado. As ações
policiais são de suma importância para que possamos reduzir esses índices. Se
não existir uma polícia eficiente, a criminalidade tende a aumentar. Se estão
fazendo trégua não me interessa, o que interessa é que estamos fazendo com que
eles saibam que existe uma ordem no Rio Grande do Norte, junto com o apoio das
Forças Armadas, PF, PRF, Guarda Municipal e todos os órgãos integrados”,
finalizou.