Um homem de Nova York, nos Estados Unidos, passou os últimos 25 anos na prisão por um crime que não cometeu. Andre Hatchett, 49, foi condenado por um homicídio violento no ano de 1991. A vítima, Neda Mae Carter, teve seu corpo encontrado em uma quadra de handebol na cidade, com lesões gravíssimas.
Embora inexistissem indícios suficientes de autoria, Hatchett foi apontado como o responsável pelo homicídio, tendo por base o depoimento de Gerard “Jerry” Williams, um conhecido “criminoso de carreira”.
Hatchett foi, então, condenado a uma prisão perpétua como autor da morte de Neda Mae Carter.
Após quase três décadas, o Innocence Project, dedicado a exonerar pessoas condenadas injustamente e reformar o sistema de justiça criminal, decidiu analisar o caso de Hatchett. Ao estudar atentamente o processo, a organização constatou que Gerard “Jerry” Williams havia identificado outro homem como o autor do delito. Tal apontamento, no entanto, jamais chegou a conhecimento da equipe de defesa de Hatchett na época dos fatos.
Williams havia sido preso sob a acusação de roubo e, segundo oInnocence Project, teria recebido um acordo judicial não revelado para indicar Hatchett como o assassino. As conclusões da organização e o acompanhamento técnico levaram à libertação de Hatchett na sexta-feira passada (11/03).
“Eu disse a vocês que eu não fiz isso, eu estou tão feliz por estar livre novamente. Eu perdi meu filho, minha mãe e meu pai, enquanto estive preso. Mas agora estou em casa novamente “, disse Hatchett no tribunal de Brooklyn, após saber que sua condenação fora anulada.
Ao deixar o tribunal como um homem livre, o homem declarou aos meios de comunicação:
“Eu fiquei forte. Eu disse a verdade e me libertaram. Agora eu não tenho que dormir mais sozinho. Eu estou livre!”
Fonte: Canal Ciências Criminais