Ex-secretário de saúde de Confúcio Moura afirmou que o ex-governador chegou a ‘lotear’ contratos milionários da Sesau
Parece, mas não é brincadeira
No mesmo mês em que Acir Gurgacz, que cumpre pena por crimes contra o sistema financeiro nacional apresentou um projeto exigindo “reputação ilibada” para cargos em comissão nos três poderes, o senador Confúcio Moura, que está sendo investigado por crimes do colarinho branco quando foi governador, apresentou uma alteração no Código Penal aumentando a pena de quem for condenado por subtração (ou desvio) de remédios, equipamentos hospitalares e outros bens da rede pública de saúde.
Mas, olha só
Que curioso. Confúcio não falou nada sobre gestor que rouba dinheiro do sistema de saúde. Quando governador, Confúcio teve uma coleção de secretários enrolados, a começar por José Batista, preso na Operação Termópilas, que fez delação premiada e olha só, entregou diversos supostos crimes que teriam sido cometidos por Confúcio desde a campanha eleitoral de 2010. A delação de Batista veio à público na campanha de reeleição, em 2014, mas foi divulgada na véspera da votação, então a grande maioria dois eleitores deconhecia o teor. Depois do resultado eleitoral, veio aquela velha conversa, “mais eu não sabia”, ou “porque vocês não mostraram isso antes”?
Pois é
Esse mimimi de eleitor arrependido já está enchendo o saco. Toda eleição é a mesma coisa. Foi assim também em 2016 com Hildon Chaves para prefeito de Porto Velho. Grande parte do eleitorado se deixou levar pelo papo-furado do tal “deixa eu cuidar de você”, e deu no que deu. Hoje, de norte a sul em Porto Velho só se escuta, “Deus me livre”, “esse ai nunca mais”, e por ai vai. E devem ter sido esses mesmos que elegeram Confúcio Moura senador.
Reforma lá, e cá, nada?
O governo federal vem trabalhando pesado em reformas estruturais para tentar resolver algumas questões que, na avaliação dos técnicos, atrapalham o desenvolvimento e a geração de empregos. Mas, em Rondônia ainda não apareceu nenhum movimento no sentido de fazer qualquer tipo de mudança na atual estrutura. E Rondônia precisa, mais que nunca promover essas reformas. O ICMS do Estado, por exemplo, é um dos mais altos do país, o que impede a vinda de indústrias e empresas que queiram investir por essas bandas. Até mesmo no quantitativo de voos o valor do ICMS influi.
Além disso
O Estado precisa rever benefícios fiscais que foram concedidos à empresas como a JBS, por exemplo. Na delação de Batista, ex-secretário de saúde de Confúcio, ele revelou que a empresa havia ‘doado’ R$ 2 milhões para a campanha que não foram declarados. Veja o trecho: “Nessa viagem (SP) eles estiveram em várias empresas, entre elas a JBS Friboi. Batista afirmou que, durante um jantar, estando à mesa ele, Wagner, o governador e Assis, este último afirmou, “que eles tinham ido a empresa JBS Friboi e que tinha achado um jeito de ‘esquentar’ os recursos”. Assis só fez este comentário e ninguém tocou mais no assunto. A JBS doou em 2010, R$ 2 milhões para a campanha de Confúcio Moura“.
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Importante criar
Um plano de médio e longo prazo para geração de empregos em Rondônia, qualificação de mão de obra para possíveis obras que venham a ser feitas no Estado. Na época da construção das usinas as cidades não estavam prontas para a demanda que surgiu e os empresários foram pegos de ‘calças curtas’. Um bom começo para a geração de empregos seria a retomada da vigilância nas escolas, o governo poderia licitar em lotes para abrigar o maior número de empresas possível, acabando com os contratos milionários. Dinheiro público tem que ser economizado para atender a propósitos sociais, e não apenas ficar no caixa. Está na hora de terceirizar diversos setores do próprio executivo. Rondônia é uma máquina pesada, cansada e Marcos Rocha tem uma chance única. Passou da hora de mostrar a que veio.
Se a idéia era mudar
Que sejam feitas as mudanças o quanto antes. Do contrário, parece ser mais do mesmo. Mais um que passou pelo cargo… E mais quatro anos de atraso para o Estado.
Cirurgia bariátrica não resolve os problemas de saúde mental dos adolescentes
Adolescentes que fizeram cirurgia bariátrica devem ser alertados de que, além da perda ponderal, não irão se curar dos problemas de saúde mental que possam ter, clamam médicos suecos após identificar diagnósticos e tratamentos psiquiátricos ativos até cinco anos após o procedimento. As descobertas foram apresentadas na European Conference on Obesity (ECO) 2019 pela psicóloga Dra. Kajsa Järvholm, Ph.D., da unidade de obesidade infantil da Skånes universitetssjukhus em Malmö, na Suécia. Os pesquisadores avaliaram mais de 80 adolescentes que tinham feito a cirurgia bariátrica para obesidade mórbida e foram pareados a jovens com obesidade semelhante que receberam tratamento clínico, com cinco anos de acompanhamento. Tanto no início do estudo como no acompanhamento, não houve diferença significativa entre os pacientes que fizeram a cirurgia e os controles em termos de uso de medicamentos psiquiátricos. No entanto, os adolescentes que fizeram a cirurgia tiveram uma probabilidade significativamente maior de serem diagnosticados com alguma doença psiquiátrica e de terem feito tratamento psiquiátrico ambulatorial e hospitalar. Contudo, cinco anos após o procedimento foi observada melhora da autoestima dos pacientes que fizeram o procedimento, com melhora acentuada do padrão alimentar.