Tem gente cujo nome ainda não apareceu na delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa (PP), mas que, por precaução, já preparou sua defesa. É que o seguro morreu de velho.
Pedro Corrêa deve indicar novos nomes de beneficiários de pagamentos ilícitos, inclusive políticos. Com um histórico de influência junto a setores do governo e na Câmara, o ex-parlamentar teria conhecimento de detalhes importantes para a Lava Jato.
Ele já havia sido condenado também no processo do Mensalão. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o ex-deputado recebeu propina do esquema Petrobrás enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470. Os investigadores afirmam que há registro de recebimento de vantagens indevidas até outubro de 2012.
O ex-parlamentar está preso desde 10 de abril de 2015, quando foi capturado na 11ª etapa da Lava Jato denominada “A Origem”. A sentença do juiz federal Sérgio Moro atribui a Pedro Corrêa o recebimento de propina de R$ 11,7 milhões, 72 crimes de corrupção passiva e 328 operações de lavagem de dinheiro.