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Apresentação da experiência do Cresol, em Conferência da ONU, na Suíça (Foto: Divulgação)
“O Maranhão está a frente, com suas políticas públicas de desenvolvimento da economia solidária, em relação a outros lugares por onde passamos”, declara Leandro Morais, representante das Organizações das Nações Unidas, no Brasil (ONU), satisfeito com a iniciativa de implementação do Centro de Referência Estadual em Economia Solidária (Cresol), desenvolvido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), em parceria com pequenos produtores.
O emissário que atua na ONU, por meio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na manhã de terça-feira (25), apresentou a experiência da política pública maranhense durante a Conferência Intercontinental da ONU, que acontece em Genebra, na Suíça. Na ocasião, o Cresol foi pautado como uma referência para outros países, para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, proposta pela ONU, para ser trabalhada no período de 15 anos, com vista em uma sociedade mais justa e digna para todos os povos.
O secretário do Trabalho e Economia Solidaria, Jowberth Alves, ressalta a função e relevância do Cresol como metodologia de política pública do Governo do Maranhão. “O Centro de Referência é uma ferramenta na consolidação da política estadual de desenvolvimento à economia solidária no Maranhão. Construímos todo o processo com a parceria da população, com objetivo de mobilizar, articular, fomentar e dinamizar as diversas atividades para o fortalecimento do seguimento no estado. Este momento de reconhecimento e destaque por parte da ONU, que é uma instituição de grande credibilidade internacional, reforça que o empenho e atuação do governador Flávio Dino é o caminho certo para o desenvolvimento social de forma digna”, disse Jowberth Alves.
O Cresol
Vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidaria (Setres), o Centro Estadual de Referência em Economia Solidária do Maranhão (Cresol) foi criado em junho de 2018 e está localizado na rua de Nazaré, 173, no Centro Histórico de São Luís. A iniciativa destaca-se por ter seu processo de gestão compartilhada, onde todas as ações desenvolvidas contam com a participação direta do Governo do Estado e dos grupos e pequenos produtores atendidos pela Instituição.
O espaço fomenta o processo de cooperativismo e associativismo para o fortalecimento das cadeias produtivas no estado. Conta, também, com a comercialização, formação, capacitação, incubação, comunicação, trocas e finanças solidárias, contribuindo com a sustentabilidade econômica, social e política dos empreendimentos solidários; assim como oportunidades de articulação com entidades que atuam com o seguimento.
A experiência visa, ainda, a expansão das suas ações, por meio de um espaço mais amplo, e a implementação de outras unidades do Cresol, em várias regiões do estado, visando potencializar o atendimento aos produtores em suas próprias localidades.
A Conferência
Promovida pela Organização das Nações Unidas, a Conferência “Implementando a Sustentabilidade nos Objetivos de Desenvolvimento: Qual o Papel da Economia Solidária e Social?”, acontece nos dias 25 e 26 deste mês, na sede da OIT, em Genebra, Suíça, e reúne várias autoridades internacionais, especializadas nas questões do trabalho. O evento tem o objetivo de identificar e mobilizar diferentes regiões e territórios que possam contribuir com os esforços para promover a economia social e solidária, como meio de implementação dos ODS.
Durante a conferência, o Centro de Referência em Economia Solidária do Maranhão está na temática dos Impactos da Economia Social e Solidária para os Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis, e tem o título “Governo do Estado e Empreendedores da Economia Solidária unindo forças no Brasil!”; sendo apresentado por Leandro Morais, que além de emissário da OIT/ONU, também é professor e pesquisador na Universidade Estadual Paulista/Brasil.
Leandro Moraes afirma que a experiência do Cresol foi pautada durante a Conferência em Genebra, por ser um exemplo prático e efetivo de política pública, que está conectado com os adjetivos de desenvolvimento humano da ONU. “Esta é uma experiência de êxito no Brasil, por isso, trouxemos para que outros países também compartilhem desse trabalho que é realizado no Maranhão. Os participantes da Conferência aprovaram o modelo de economia solidária praticada no Centro de Referência e desejam conhecer mais sobre o projeto’, disse Leandro Morais.
Visita do representante da ONU, no Maranhão
Leandro Moares, durante visita ao Cresol, em dezembro de 2018 (Foto: Divulgação)
Em dezembro de 2018, Leandro Morais esteve no Maranhão, durante a Semana Estadual de Economia Solidária, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Setres. Na oportunidade, ele acompanhou de perto as ações do Governo do Estado, para a geração de trabalho e renda aos grupos econômicos solidários maranhense.
Na ocasião, Leandro Morais ressaltou que a atuação do seguimento nas frentes sociais de redução da pobreza, segurança alimentar, empoderamento da mulher, participação comunitária, geração de trabalho e renda, por meio do cooperativismo e associativismo, são reconhecidos pela ONU, como o método para que os Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis da Agenda 2030, se concretizem de fato nos territórios que mais necessitam.
Agenda 2030
É um plano de ação para a prosperidade das pessoas e do planeta. Ela busca fortalecer a paz universal, erradicação da pobreza, visando o desenvolvimento social de forma sustentável. Os governantes dos países e partes interessadas, atuam em parceria colaborativa para a implementação deste plano, tendo como uma orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes, formando uma agenda a ser implementada até 2030.
Essa “agenda universal” conta com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que foram instituídos pela ONU, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012 no Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Os ODS abordam temas como erradicação da pobreza; fome zero; agricultura sustentável; trabalho decente e crescimento econômico; consumo e produção responsável; igualdade de gênero; educação de qualidade; entre outros. A iniciativa é um apelo universal para proteger o planeta e garantir que todas as pessoas tenham dignidade.
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