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Oficina de marcenaria (Foto: Handson Chagas)
A capacitação como meio de reinserção social e resgate da dignidade. Com este propósito, o Governo do Estado investe na promoção de ações para capacitar e integrar ao trabalho internos do sistema prisional. Na oficina de marcenaria, 32 pessoas aprendem a fabricar móveis que serão utilizados em órgãos do Estado. A medida contribuiu para redução dos custos com mobiliário em 64% e aumento da autoestima dos internos, refletindo em um cenário de mais paz e humanização dentro do sistema.
Nesta quarta-feira (26), em mais um dia de trabalho, os internos deram continuidade à etapa de preparação do material-base para montagem dos móveis. O espaço ocupado pela oficina de marcenaria é uma ampla quadra, na sede da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), no bairro Vila Palmeira, em São Luís. A produção será de 1.400 móveis, no período médio de 60 dias, que vão compor o mobiliário de prédios da gestão estadual. Um dos imóveis é o Edifício Ferreira Gullar, no Centro Histórico, que está em reforma e vai abrigar servidores de diversas secretarias estaduais.
“Essa medida do Governo do Estado une o útil ao agradável, uma vez que trabalha a ressocialização dos internos, revertendo em favor da sociedade e do Estado. Esse trabalho gera, para o Estado, economia aos cofres públicos e, para os internos, um aprendizado que vão usufruir quando saírem do sistema prisional e à sociedade que paga os impostos, um retorno mais positivo”, pontua o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.
O curso de marcenaria iniciou este mês e é uma das mais de 130 oficinas de trabalho criadas pelo Governo do Estado. Acolhe apenados do regime semiaberto e vai abrir oportunidades para mais 30 apenados na produção e cerca de 20 na logística de montagem. “Quanto mais inserimos essas pessoas em atividades educacionais e laborais, temos também melhoria na visão de vida e mais tranquilidade no sistema. Essa atividade une uma série de benefícios e lidando com o interno na base da humanização e com o trabalho que futuramente será o diferencial deles quando retornarem à sociedade”, reforçou Murilo Andrade.
O interno José de Ribamar Sousa (Foto: Handson Chagas)
O interno José Ribamar Sousa, 30 anos, está há um mês na oficina de marcenaria e vê na oportunidade um caminho de libertação. “Mudou muita coisa, para melhor. É uma mudança de vida e todo mundo precisa de uma segunda chance. É um grande aprendizado e eu estou me esforçando, dando o melhor para aprender o máximo que puder. O que eu aprender aqui servirá para minha vida e minha família”, disse. Com a oportunidade, o apenado reduz seu tempo de cumprimento de pena e tem ainda o aprendizado de uma profissão.
O Governo do Estado avançou, significativamente, neste quesito, passando a produzir, em escala industrial, para atender à demanda das instituições do Estado. Além da marcenaria, os internos se capacitam na confecção de vestimentas, em obras de infraestrutura na pavimentação de ruas, fabricação de pães, entre outros, somando mais de 130 oportunidades de qualificação para cerca de dois mil apenados. Ainda, mais de 1,6 mil estão matriculados em salas de aula.
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