Rita de Cássia destacou a importância dos casarões (Foto: Gilson Teixeira)
Restauração de prédios, revitalização de praças, habitação, segurança e incentivo à cultura o ano inteiro. Em uma conversa rápida com frequentadores, moradores e profissionais que circulam pelo Centro Histórico de São Luís, não é difícil coletar entre os moradores da cidade o que é prioridade quando o assunto são melhorias na região mais antiga da capital maranhense.
A boa notícia é que boa parte das necessidades elencadas serão contempladas com o programa Nosso Centro. É um conjunto de ações planejadas pelo Governo do Estado em parceria com a iniciativa privada e outras instituições públicas que nos próximos anos deve garantir investimentos de mais de R$ 140 milhões na revitalização do Centro Histórico.
Reformas
“Eu acho que deveria reformar a João Lisboa, assim como já estão fazendo na Rua Grande, Deodoro”, disse a secretária Rita de Cássia Seixas. Ela trabalha em uma repartição pública na Rua da Estrela, gosta do Centro e também defende que outros prédios públicos funcionem no local. “Foram todos para o Calhau, acho que alguns podiam voltar para cá, ocupar esses casarões e também tem que ter incentivo aos artesãos”, disse.
Também funcionária pública, Larissa Rego afirmou que uma das prioridades é a reforma dos casarões e a oportunidade de ocupação deles: “Tem que restaurar, preservar nossa identidade e eles precisam ser ocupados, com museus, como já foi feito, moradia”, disse.
Além da João Lisboa, o Largo do Carmo, imóveis na Rua da Estrela, Rua da Palma, Rua da Saúde e Praça Benedito Leite serão revitalizados com diferentes finalidades, que incluem a criação de um Polo Tecnológico e habitação tanto para servidores públicos quanto moradia social.
Com o Polo Institucional, haverá o incentivo para que órgãos e secretarias públicas ocupem prédios. Estão previstas a utilização do Centro Caixeiral (R. de Nazaré) para uso educacional, do Edifício Bequimão (R. do Egito) para nova sede do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev/MA); restauração do edifício da Secretaria de Estado da Cultura (Secma) e criação da Casa da Criança, na Praia Grande.
Mais gente
Para a comerciante Orlanir Pereira Nascimento, além do funcionamento de prédios e órgãos públicos, outra necessidade do Centro Histórico de São Luís são as contínuas atrações culturais.
“Já melhorou significativamente, com bandeirinhas, segurança, mas precisa ter sempre porque nossa cultura é muito rica e tanto turistas quanto maranhenses precisam voltar a frequentar o Centro, vir para aproveitar um restaurante, passear e aproveitar a cidade”, disse.
Outro polo do Programa Nosso Centro, o Cultural, Turístico e de Lazer inclui ações estratégicas como o calendário permanente de eventos e também o apoio a empreendimentos culturais, comerciais e gastronômicos; assim como ações específicas como a criação do Programa Cores na Cidade, do Centro Cultural do Desterro; a estruturação do Parque do Bacanga; apoio a pesquisas para o Centro Histórico; e requalificação do Complexo da RFFSA. Só nesse setor, o investimento deve ser de mais de R$ 53 milhões.
Ações que também foram pedidas pelo feirante que há 25 anos trabalha no Mercado das Tulhas, o senhor Julio Cesar Araújo.
“O turista que vem da Bahia, por exemplo, todo mundo diz que nosso Centro Histórico é muito maior do que lá, do que o Pelourinho, mas que lá é mais bem cuidado, o nosso centro precisa de uma revitalização geral”, disse.
Parcerias
Neste mês, a mineradora Vale assinou termo de cooperação técnica com o Governo do Maranhão para investimentos de R$ 52,2 milhões. Desse total, R$ 15 milhões serão destinados exclusivamente para o programa Nosso Centro. A Vale foi a primeira empresa do setor privado a aderir ao projeto.
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