O delegado de Polícia Civil, Thiago Flores, conhecidíssimo na cidade de Ariquemes pelo seu trabalho como delegado regional e por meio de ações solidárias, como por exemplo, em prol a doação de sangue ao Fhemeron e palestras voltadas aos menores nas escolas, está retornando ao seu antigo posto de trabalho e com isso, surgem dúvidas e perguntas sobre essa mudança. Algo muito além da área profissional passa a perseguir o delegado, que após ter disputado uma campanha eleitoral no ano de 2014, fez 17.861 votos para deputado federal pelo PMDB, e seu nome passa a ser mencionado para possíveis novas disputas. Ele afirma que fez “uma das campanhas mais limpas e baratas para o cargo de deputado federal dos últimos dez anos”, mas esta expressiva votação passa a vir com cogitações políticas envolvendo, inclusive, as eleições municipais do próximo ano. Mas preocupados com a questão da segurança pública e não desprezando a política, a Redação de Folha Nobre fez algumas perguntas ao delegado, que prontamente, mesmo estando fora do Estado de Rondônia, respondeu gentilmente.
Thiago ressaltou que seu retorno à Ariquemes para assumir a antiga função na Delegacia Regional, foi motivada na última sexta-feira, 18 de setembro, com um telefonema do Diretor Geral da Polícia Civil, perguntando se aceitaria reassumir. Estava trabalhando a cerca de dois meses em Jaru, também como delegado regional. Anteriormente a isso, pediu exoneração do cargo de superintendente da Paz no Governo, devido a necessidade de estar próximo a sua futura esposa. “Registre-se que fui para Jaru porque vou casar e a família da minha futura esposa reside naquela cidade. Estava na Sepaz desde janeiro e por vontade própria pedi exoneração. Embora estivesse tudo correndo bem na citada superintendência, as viagens semanais de PVH-Jaru e Jaru-PVH estavam me cansando, isso sem falar no risco da BR 364”, faz questão de frisar.
Sobre sua atuação em Jaru neste curto período de tempo, doutor Thiago relembra que conseguiu superar as expectativas. “Limpamos todo o pátio da delegacia, cadastramos todos os veículos que ali existiam, reformamos duas salas na delegacia para receber a perícia criminal e o médico legista, resolvemos o problema da zeladoria, inexistente até então, estamos pintando a fachada inteira da delegacia, entre outras coisas. E o melhor, sem gastar um real dos cofres públicos”. afirma destacando que este trabalho foi proveniente de projeto apresentado perante o Conselho da Comunidade, acordo com o empresariado local, e do esforço dos próprios policiais civis de lá, que literalmente colocaram as mãos na massa.
Na atuação da Polícia, neste período em Jaru, o delegado Thiago Flores coordenou algumas investigações, como por exemplo, o esclarecimento de um homicídio bárbaro, que ocorreu em Machadinho do Oeste. Assim como prisão de elementos responsáveis por uma gama de roubos na cidade de Jaru e Ouro Preto do Oeste, e outras investigações importantes, mas que correm em sigilo por questões políticas locais.
Perguntamos se têm acompanhado as estatísticas de Ariquemes neste período que esteve ausente, e Flores ressaltou que tem acompanhado e esta ciente da onda de roubos que assolam a região, e do aumento destes números. Assim como a diminuição dos homicídios esclarecidos. “Mas esses números ruins não devem ser atribuídos a ‘A’ ou ‘B’, até porque as razões dos crimes são de ordem social e o seu esclarecimento passa pela ação conjunta de uma complexa engrenagem , que abrange desde a PM até o poder judiciário”, frisa.
Não poderíamos deixar de questionar sobre a relação com o delegado de saída deste importante posto, doutor Renato Morari, se isso poderia gerar um clima não muito agradável, uma vez que o mesmo permanecerá em Ariquemes. De modo objetivo, Flores afirmou que Morari é um excelente delegado, trabalhador e honesto, que cumpre horário, e o vê como um pai de família exemplar. “Não acho mau nenhum em continuar conosco em Ariquemes, aliás, penso que ele ainda tem muito a contribuir com a região do Vale do Jamary. De minha parte, vou dar toda a estrutura para ele continuar a exercer o seu trabalho”, comenta.
Neste ponto registramos, sem colocar em uma balança as competências e qualidades de cada profissional, que mesmo sendo mais novo de idade, Thiago Flores é delegado desde 2005, e Renato Morari desde 2009. Nos órgãos de segurança esta questão de antiguidade é muito importante.
Ainda em relação a Polícia Civil, e seu retorno ao comando em Ariquemes e Região, Flores destaca que confia nos policiais que integram a Regional, e que possui muito apreço pelos abnegados agentes, escrivães e delegados. Além do mais, “nossa parceria com a PM persistirá. Buscaremos ao máximo a manutenção do bom relacionamento com o MP e Judiciário”, frisa ressaltando que irá priorizar o projeto aluno monitor.
Voltando ao lado político, ao qual já tem respondido pelas redes sociais que não será candidato a prefeito em 2016, mas mesmo assim o assunto movimenta muito os comentários em relação a sua vinda para Ariquemes, Thiago indagou “Por que isso incomoda tanto?? – A quem interessa o meu distanciamento da cidade de Ariquemes? E a quem interessa? Infelizmente essas perguntas até hoje eu não sei responder”.
Para finalizar, Thiago Flores ressalta que é do PMDB e que fez uma das campanhas mais limpas e baratas para o cargo de deputado federal dos últimos dez anos, considerando eleitos e primeiros suplentes.
“Não venho de família política. Aliás, foi minha primeira eleição”, e conclui com a seguinte frase: “Não serei candidato a prefeito de Ariquemes”.
Da Redação – Folha Nobre