Emerson Fittipaldi tornou a admitir ter dívidas milionárias, mas que possui condições de pagá-las. Em entrevista veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, na noite deste domingo (10), o empresário, primeiro brasileiro campeão mundial de Fórmula 1, disse que colocou alguns bens de seu patrimônio à venda visando quitar suas contas.
Sobre os bens penhorados pela justiça para o pagamento das dívidas, como o troféu de seu primeiro título mundial de Fórmula 1, conquistado em 1972, e o carro com o qual venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 1989, Fittipaldi classificou como uma situação “humilhante e traumática”.
Para pagar as dívidas, Emerson alega “estar tentando economizar”, além de ter posto à venda o apartamento que possui em Key Biscaine desde 1992 e a fazenda no interior de São Paulo. “Não estou quebrado, nem falido. Vou cumprir todas as obrigações que eu tenho. Sempre falei isso para todo mundo. Preciso de tempo e trabalho”, disse.
O ex-piloto ainda pediu desculpas pelos não pagamentos feitos aos seus vários credores. “Primeiro, eu tenho que me desculpar pelo que aconteceu. É lamentável o que aconteceu. Mas vamos recuperar”, disse.
Fittipaldi alega que passou a ter problemas financeiros quando tentou implantar, sem sucesso, uma usina de etanol em uma fazenda localizada no interior de Mato Grosso do Sul, em 2007. O ex-piloto alega ter sofrido um prejuízo entre sete e oito milhões de reais.
A Fazenda Fittipaldi também se mostrou deficitária. De acordo com a reportagem da TV Globo, ela produziu até 450 mil caixas de laranja, e tinha projeção para bater um milhão de caixas. Mas, seis meses atrás, a produção da fazenda – que contou com 500 funcionários no auge – foi abandonada.
A organização das 6 Horas de São Paulo, etapa brasileira do FIA WEC disputada entre os anos de 2012 e 2014 também se mostrou deficitária para o bicampeão da Fórmula 1. “Não é que eu me arrisquei. A minha previsão era de quatro a cinco anos para a gente ficar no azul. O que não aconteceu”, disse.
Foto: Luca Bassani
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