O preconceito com as mulheres ainda é realidade em várias áreas, e histórias recentes, mostram que este mal também tem afetado mulheres que atuam ou atuaram no futebol feminino. Com as ex-jogadoras da Seleção Brasileira, Rosana Augusto e Francielle Alberto a história demonstra que, para elas, não compensou ganharem tantos títulos e se esforçarem ao máximo. Insatisfeitas, elas falam, em entrevista ao site de apostas Betway, sobre vários pontos negativos, mas ainda seguem sonhando com uma nova esperança de que tudo isso possa mudar.
A jogadora Rosana, que conquistou vários títulos, inclusive pelo Brasil, comenta que o preconceito veio de casa. “Meu pai não aceitava, futebol é coisa de menino”, afirma. O fato do preconceito no futebol feminino ser tão presente afetou a vida da futebolista brasileira. “Pela forma que o futebol feminino era tratado, eu pensei em desistir várias vezes, me senti desestimulada várias vezes”, desabafa.
Após o fato da demissão de Emily Lima, ex-técnica da Seleção Brasileira, logo em seguida Francielle e Rosana deixaram os gramados, e agora, comentaram o acontecido. “As ideias do Vadão são ultrapassadas. É a comissão técnica que mais teve tempo para fazer o trabalho, e que menos fez”, diz Francielle. As jogadoras brasileiras também fizeram parte do protesto de 24 jogadoras contra a demissão de Emily Lima, mas não se contentaram “Não adianta apenas 24 assinarem a carta. Todas precisam participar, senão não funciona. Deveríamos ter brigado mais”, disse Rosana inconformada.
Para as futebolistas brasileiras, existe um preconceito muito grande com o futebol feminino. “Nós fazemos as mesmas coisas, nós treinamos como eles, lógico que o apelo da mídia é muito maior e porque o mundo ainda é muito machista”, ressalta Rosana. Para elas, os uniformes brasileiros também deveriam mudar pelo fato de não terem as mesmas conquistas. “Não precisa ter as cinco estrelas lá no peito para falar que tem, não é nossa”, alega Francielle.
Para elas, a CBF ainda deixa a desejar, justamente por não investir muito no futebol feminino. “Uma instituição que vem mudando ao longo dos anos, vem ajudando o futebol feminino, mas ainda peca em alguns momentos”, enfatiza Rosana. Francielle concorda dizendo: “Espero sempre mais da CBF no futebol feminino, em todos os sentidos, eu acho que eles podem dar mais ”.
A mídia Brasileira sempre seguiu investindo somente em uma jogadora, não dando visibilidade e novas oportunidades a outras futebolistas brasileiras. “Eu acho que a mídia, principalmente no Brasil, é acostumada a criar um ícone só”, afirma Rosana.
Mas para a alegria das ex-jogadoras, nesta última copa do mundo, surgiu uma nova esperança para novos caminhos. Transmissões em redes abertas e patrocínios de novas jogadoras se tornou motivo de felicidade e de uma nova conquista na área. Com um novo movimento e vários recursos surgindo, dessa vez será fácil acreditar em uma mobilização desse futebol a favor das brasileiras.
[/bloqueador2]