Atividades de avaliação e planejamento de planos operativos em hanseníase com representantes de 18 municípios (Foto: Julyane Galvão)
Técnicos do Programa Estadual de Controle da Hanseníase reuniram-se com representantes dos 18 municípios prioritários do Maranhão para avaliar as atividades desenvolvidas no último quadriênio 2015/2019 e elaborar os planos operativos em hanseníase para os anos 2019/2022. O encontro aconteceu no auditório do Hotel Praia Mar, em São Luís, na segunda (22) e terça-feira (23). A programação segue até a sexta-feira (26), com um curso sobre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Entre os temas discutidos estão as atividades do projeto “Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil Livre da Hanseníase”, desenvolvido com recursos da Fundação Nippon nos municípios da Região Metropolitana de São Luís.
“Nos foi proposto levar aos municípios prioritários estratégias e desenvolver em parceria com eles os planos estadual e municipal com base nos pilares da Estratégia Global de Enfrentamento da Hanseníase. A meta é realizar cinco oficinas no estado, a primeira aconteceu nessa segunda e terça-feira. Contamos com a presença de 18 municípios, que juntos têm aproximadamente 60% dos casos do estado”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Maria Raimunda Mendonça.
Segundo o Ministério da Saúde, a Estratégia Nacional para o Enfrentamento da Hanseníase 2019-2022 foi baseada na Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020, sendo estruturado em três pilares: fortalecimento da gestão do programa; enfrentamento da hanseníase e suas complicações; e combate à discriminação e promoção da inclusão.
Os municípios selecionados obedecem a uma classificação por alta endemicidade, ou seja, grande índice de registro de casos da doença. No Maranhão, anteriormente, eram registrados 70 casos para 100 mil habitantes, agora são 40 para 100 mil. A partir de 2019, o objetivo é chegar a um caso para 100 mil habitantes, que é quando a doença é tida como erradicada.
Presente à oficina, o diretor do Hospital Aquiles Lisboa, Raul Fagner destacou que o evento ajudou a mostrar a importância com que as informações chegam até os municípios e vice versa.
“O hospital é referência no tratamento de pessoas com Hanseníase, dessa forma, nós conseguiremos ter bancos de dados, fazer o acompanhamento e saber como estão sendo tratados os pacientes diagnosticados. Será um raio-x por regional, para reconhecer as localidades com maior incidência, tudo isso aliado à presença de um profissional realmente capacitado e ciente do público a quem ele ofertará os serviços médicos”, disse.
Para Diego Fernando França Rodrigues, coordenador do Programa de Hanseníase do município de Alcântara, o foco é reforçar o bloqueio da infecção. “Aqui trabalhamos em conjunto com o intuito de tentar bloquear a transmissividade da doença. Isso contribui para a efetivação das ações de educação em saúde que norteiam as orientações dadas aos coordenadores municipais”, salientou.
O consultor e representante do município de Raposa, João Nere da Silva Costa, observou que a descentralização tem sido a principal característica no enfrentamento da hanseníase. “Antes o programa era centralizado em uma única pessoa, agora todas as cinco unidades básicas de saúde que existem ofertam atendimento com corpo profissional capacitado. A oficina vem para agregar conhecimentos e padronizar as ações de combate”, disse.
Também participaram da reunião técnicos da Vigilância Epidemiológica, Coordenação de Hanseníase e da Atenção Básica, Vigilância Sanitária do Estado, Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA) e Assistência Farmacêutica Estadual.
Mais atividades
Até sexta-feira (26), será ofertado, no auditório do Hotel Praia Mar, aos representantes dos 18 municípios prioritários um curso sobre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O curso fará a preparação para operacionalização de informações da hanseníase junto aos coordenadores dos municípios e digitadores do Sinan. O objetivo é qualificar os dados produzidos e a análise dos relatórios para subsidiar o planejamento monitoramento e avaliação.
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