Thays Pinheiro diz ser uma alegria amamentar a pequena Hevelin Vitória (Foto: Márcio Sampaio)
A amamentação é o momento em que mãe e bebê estabelecem um forte vínculo. Todavia, é também marcada pela sensibilidade, questionamentos e inseguranças. Foi pensando no fortalecimento da rede de apoio formada pela figura paterna, familiares e demais pessoas envolvidas, que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou a campanha nacional do Agosto Dourado, que este ano traz o tema “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação. Hoje e para o futuro!”.
A campanha segue alinhada com ações da Semana Mundial da Amamentação (SMAM), a qual enfatiza esforços em 120 países para sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança na promoção do aleitamento. No Brasil, desde 2007 as ações da SMAM são coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Apesar desse trabalho contínuo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que somente 40% das crianças têm amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida.
“O objetivo da campanha é nortear a participação da família durante o processo da amamentação, bem como demais pessoas próximas nos mais variados ambientes em que a mulher esteja inserida. O principal: queremos que os pais entendam o seu papel durante esta fase para que ele seja um agente de empoderamento no núcleo familiar no amparo dado à mãe e ao bebê”, afirma Raimunda Formiga, chefe do Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente da SES.
Assistida na Maternidade Benedito Leite, unidade que integra a rede da SES, Thays Pinheiro disse ser uma alegria de poder amamentar a pequena Hevelin Vitória. “Muitas crianças infelizmente não conseguem mamar logo de primeira, então eu fiquei bastante feliz quando vi que a bebê conseguiu sozinha sem a ajuda de outras pessoas. Um dos conselhos que recebi foi o de separar um momento e espaço somente para ela, sempre de três em três horas. Só tenho a agradecer como fui tratada aqui, foi tudo muito bom”, compartilhou.
Benefícios
De acordo com a pediatra da Maternidade Benedito Leite, Fátima Calderone, o recomendado é que a amamentação seja exclusiva até o sexto mês. Após este período é iniciada a introdução alimentar acompanhada da amamentação como forma complementar até os dois anos de vida da criança.
Thays Pinheiro diz ser uma alegria amamentar a pequena Hevelin Vitória (Foto: Márcio Sampaio)
“Os benefícios da amamentação não ficam restritos apenas ao bebê. O leite materno leva toda a carga de nutrientes necessárias para o desenvolvimento saudável da criança. Cooperando ainda para que, no futuro, ele seja um adulto prevenido de doenças como hipertensão arterial, diabetes, obesidades, além da parte cognitiva e afetiva, já que será mais inteligente e emocionalmente mais estruturado”, salientou Fátima Calderone.
As benfeitorias também alcançam as mães, pois o ato de amamentar aumenta a prevenção ao câncer de mama e de colo uterino. O aleitamento materno também auxilia no retorno do útero à posição original mais rapidamente, evita a diabetes, hipertensão arterial, obesidade.
Sobre a rede de apoio ofertada às mães, Calderone acrescentou ainda que a amamentação é um momento ímpar para todos os envolvidos. “Hoje, se sabe que a mãe sozinha não consegue amamentar. É muito importante que ela tenha por perto uma rede apoio composta pelo marido, familiares e aqueles que convivem no ambiente de trabalho, etc.”, salientou.
Rede de apoio
Um dos focos da campanha é da necessidade da sociedade dar suporte integral às gestantes, companheiros e familiares, enfatizando a necessidade de se criar, por exemplo, um ambiente saudável, acolhedor e propício para a amamentação.
O recém-inaugurado Centro Especializado de Reabilitação (CER) da Cidade Operária é um bom exemplo. A unidade realiza atendimento especializado para o público adulto e infantil, com três tipos de reabilitação: física, intelectual e auditiva. Em sua estrutura, o CER dispõe de uma sala de amamentação.
Raimunda Formiga, chefe do Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente da SES (Foto: Márcio Sampaio)
O espaço proporciona calma, relaxamento e o aconchego que mãe e bebê precisam. O aleitamento requer serenidade, sem ela o que seria um instante de desfrute passa a ser de stress.
Segundo a psicóloga Janete Abreu, a chegada de uma criança muda todo o ambiente e por isso toda ajuda é bem-vinda. “O processo do parto mexe com as emoções da mãe. O acompanhamento se inicia desde os primeiros momentos de vida do bebê, ensinando que pai, amigos, familiares, todos fazem parte e podem cooperar neste novo momento”, concluiu.
Benefícios do aleitamento materno – Previne a mortalidade infantil e doenças infecciosas – Ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido – Reduz a probabilidade do bebê se tornar uma criança obesa – É um ótimo exercício para o desenvolvimento da face da criança, para o crescimento de dentes fortes e para o desenvolvimento da fala – A amamentação previne câncer de mama e de ovários nas mães – Ajuda o útero da mãe a recuperar seu tamanho normal após o parto – Traz benefícios ao corpo e ao humor
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