Esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade (Foto: Divulgação)
O Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo, concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em fevereiro deste ano, após registrar mais de 10 mil casos no ano passado. Em 2019, sete estados já registraram casos da doença – somente em São Paulo, foram 633. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população maranhense para a importância de regularizar a caderneta vacinal para garantir a imunização contra o vírus.
No Maranhão, a última notificação de sarampo foi em 1999, desde então o estado não fez novos registros. “Nosso desejo é que o Maranhão continue sem registros de sarampo como nestes 20 anos. Para barrar a doença, só tem um jeito: a vacina. Por isso, é importante que a população compareça aos postos de saúde para manter este quadro”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
A SES tem adotado medidas significantes para manter o estado livre da doença, tais como convocar a população para a vacinação, em especial em municípios turísticos e áreas próximas de fronteiras com outros estados, treinamento de técnicos municipais, preparação para resposta rápida, alinhamento sobre cobertura vacinal, monitoramento e garantia de insumos.
Para se vacinar, a pessoa precisa se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) portando documento de identificação com foto e a carteira do SUS. Pessoas com esquema vacinal completo não precisam ser revacinadas.
Além de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Roraima, Amazonas e Santa Catarina possuem casos confirmados da doença. Em território maranhense, a Vigilância Epidemiológica do Estado e dos municípios permanecem em alerta.
Como se prevenir
Segundo a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo, a principal forma de proteção contra o sarampo é a vacina. “Chamamos a população para regularizar a sua situação vacinal. É importante que todos, sejam crianças e adultos, possam estar imunizados, mas para isso devem se dirigir a um posto de saúde. Dessa forma estaremos protegendo o Maranhão do sarampo”, afirma.
A vacina contra o sarampo é administrada para várias faixas etárias, seguindo as indicações do Calendário Nacional de Vacinação, vigente no SUS.
O esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade. Pessoas até os 29 anos, o Ministério da Saúde preconiza receber duas doses, da tríplice ou tetra viral. Dos 30 aos 49 anos: dose única, da tríplice ou tetra viral.
Maranhão em alerta
De acordo com dados do Departamento de Controle de Doenças Imunopreveníveis da SES, em 2019, no período de janeiro a junho, a cobertura em crianças de um ano de idade encontra-se abaixo do esperado. Somente 59,78% do público desta faixa etária tomaram a primeira dose da vacina e 47,95 %, a segunda. Este ano, já foram distribuídas 251.880 doses da vacina.
Em 2018, a cobertura da primeira dose em crianças de 1 ano de idade foi de 81,89% e 55,95%, da segunda dose. Dos 217 municípios, apenas 62 alcançaram a meta de 95%, estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Sarampo
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave e extremamente contagiosa. A transmissão ocorre por contato de pessoa a pessoa através das secreções nasofaríngeas, através do ato de tossir, falar, espirrar e respirar.
A infecção se caracteriza, inicialmente, pelo aparecimento de diversas manifestações clínicas, como febre acima de 38,5°C, manchas ou bolhas avermelhadas na pele, tosse, coriza e conjuntivite. Ao apresentar este quadro sintomático, a pessoa deve imediatamente procurar assistência médica profissional em unidades hospitalares e ambulatoriais.
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