Nova Mutum, MT – Os réus Philipi Barroso Figueiredo e José Divino Ferreira de Jesus, vulgo “Zezão”, acusados de matarem a tiros o então vereador de Nova Mutum, Evandro Luiz Argenton, em junho de 2015, foram condenados a quase 18 anos pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Consta no processo que a vítima havia vendido uma camionete para o réu Philipi Barroso, que seria paga mediante entrega de 127 cabeças de gado. No entanto, o pagamento não foi efetuado. Em razão disso, a vítima passou a cobrá-lo. Após inúmeras cobranças realizadas pela vítima, o réu iniciou um plano para matar Evandro.
Foi quando Philipi contratou José Divino para a assassinar a vítima. Como pagamento, o assassino recebeu uma motocicleta no valor de R$ 4.600,00. Vinte e dois dias após a venda da camionete, a vítima foi até a fazenda do réu Philipi Barroso, para que ele entregasse as cabeças de gado.
Os réus seguraram a vítima no local por três horas e meia, aguardando o caseiro ir embora, e, por volta das 11 horas da manhã, José Divino disparou quatro tiros contra a vítima, três na região do tórax e abdome e um na nuca. O corpo da vítima foi colocado na caçamba da camionete e abandonado em uma ribanceira próxima à cidade de Nova Olímpia.
De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Rodrigues Silva, responsável pela acusação no Tribunal do Júri, os assassinos desconheciam o fato de a camionete possuir rastreador, o que possibilitou que fosse encontrado o automóvel com o corpo na caçamba. “A partir daí as investigações iniciaram, sendo que os réus apresentaram versões contraditórias quanto ao fato da vítima ter ido até a fazenda e de lá nunca ter voltado, o que levou às suas prisões”, destacou o promotor. O júri realizado dia 12 de abril teve duração de 21 horas.