O GP da Rússia, no final da semana, irá marcar uma curiosidade na Fórmula 1, pois, pela primeira vez em 22 anos, uma prova será realizada em um 1º de maio. O fim de semana do Dia do Trabalho, feriado mundial, marcou no ano de 1994 o que é para muitos o evento mais trágico da Fórmula 1, em sua história.
Foi naquele final de semana que o tricampeão Ayrton Senna morreu em decorrência de um acidente na curva Tamburello na sexta volta do GP de San Marino, disputado em Imola, Itália.
A fatalidade envolvendo o brasileiro, vencedor de 41 corridas e recordista de pole positions na época com 65, foi a página mais sofrida de um final de semana negro.
Na sexta-feira, Rubens Barrichello bateu forte na Variante Bassa e acabou ficando desacordado dentro de seu carro. O brasileiro foi vetado pelos médicos após ter engolido sua língua e ter sofrido cortes no rosto.
No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger sofreu um grande acidente na curva Villeneuve depois de perder sua asa dianteira na parte mais rápida do circuito. O impacto e o chassi de baixa qualidade da Simtek fizeram o piloto ter morte instantânea após ter fraturas no pescoço e contusões cerebrais.
No domingo, Ayrton Senna perdeu o controle de sua Williams na volta seis por razões até hoje divergentes e bateu no muro da curva Tamburello. Ele foi golpeado na viseira do capacete fortemente com uma das barras de suspensão da roda dianteira direita. Senna acabou tendo contusões sérias na cabeça que o levaram à morte cerebral mais tarde naquele dia.
2016 voltará a ver uma corrida no dia 1º de maio. Desta vez, após as lições desegurança aprendidas em 1994, será no moderníssimo e seguro circuito de Sochi.
Prova da segurança da pista foi o acidente sofrido pelo espanhol Carlos Sainz Jr no treino livre 3 do último ano. Mesmo batendo em alta velocidade em um muro após perder o controle de sua Toro Rosso, o piloto pôde correr no domingo após ter a participação na classificação vetada.(Terra)