Usura é juros, que é o valor tempo do dinheiro. Mas usura pode significar juros excessivos ou injustificados. Temos aqui um uso iníquo dos juros ou outros meios imorais para tirarem vantagem financeira do pobre. Deus tirará os bens de um homem tão sem misericórdia e perverso e os dará ao homem que ajuda os pobres (Pv 22:16, 22-23).
Os juros servem um objetivo honesto como sendo o valor tempo do dinheiro. É o preço de ter dinheiro hoje e reembolsá-lo no futuro. É a recompensa por emprestar dinheiro e recebe-lo de volta algum tempo depois. Não há nada intrinsicamente errado ou imoral a respeito dos juros (Dt 23:20; Mt 25:27). Juros é o custo do capital. É o preço do dinheiro.
Numa economia estável, sem um banco central, diferente da nossa nação, as taxas de juros são consistentemente muito baixas por longos períodos de tempo. E não existindo a pressão inflacionária para se cobrar altos juros para se proteger contra o declínio acentuado do poder de compra. O medo e o risco da fraude financeira por um banco central não está presente. Os juros, geralmente, são muito baixos e os homens podem emprestar ou tomar emprestado sem uma grande preocupação pelo valor tempo.
Considere Israel. Não há um banco central ou moeda papel. O suprimento de dinheiro não podia ser manipulado de forma a causar os sobes e desces dos ciclos econômicos e a transferência da riqueza dos credores aos devedores, como ocorre em nossa nação. Eles não possuem a figura de um Banco Central.
Não havia a moeda papel em Israel. Eles estavam 3000 anos à frente do nós na proteção da integridade financeira da nação. O dinheiro deles era pesado (Gn 23:16; 43:21; Jó 28:15; Ed 8:25), qual a razão de muitos provérbios a respeito de balanças honestas (Pv 11:1; 16:11; 20:23)! Dê a glória a Deus! Cambistas em Israel convertiam moedas estrangeiras em moedas hebraicas; Jesus encontrou a inscrição de César numa moeda; e Judas O traiu por trinta moedas de prata.
Cada tribo e família tinha um significante capital livre de dívida. Pois o SENHOR lhes deu o capital ao tirá-lo das sete nações de Canaã. Ele também designou suas propriedades por herança, e que podia ser transferido de uma tribo para outra. Totalmente capitalizados em propriedades habitadas com cidades bem construídas, poços escavados e vinhedos plantados, havia pouca necessidade de empréstimos. Qualquer necessidade teria que ser uma emergência, uma exigência por um único período de produção, ou um caso de pobreza decorrente de enfermidade, morte ou outro ato de Deus.
O SENHOR tinha leis financeiras para o Seu povo e entre eles os pobres. Ele condenou a cobrança de juros aos pobres (Êx 22:25; Lv 25:35-37), pois isto poderia deixa-lo mais pobre ainda, e demonstraria um terrível espírito de cobiça e avareza. Ele também condenou a cobrança de juros a um israelita (Dt 23:19), pois a nação existia para servir uns aos outros, não tentando ser ricos à custa um do outro. Israel poderia cobrar juros de um estrangeiro (Dt 23:20), o que confirma que os juros em si mesmos não é algo imoral ou opressivo, pois não deveriam oprimir um estrangeiro (Êx 22:21; 23:9).
Além do mais, existe uma pressuposição que devemos reconhecer na Lei de Moisés que se aplica estritamente aos pobres (Dt 15:4). Os pobres deveriam receber liberalmente seus suprimentos e serem protegidos, sem levar em conta a proteção financeira (Dt 15:7-11). Conforme o Pregador ensinou em outra passagem, o espalhar pode se tornar financeiramente recompensável (Pv 11:24)!
Portanto, concluímos que a sabedoria do nosso provérbio condena a cobrança de juros aos pobres. Assumimos esta afirmação ao compararmos a Lei de Moisés com a segunda parte deste provérbio! Ela condena, ainda, quaisquer meios de tirar vantagem financeira deles, como cobranças adicionais de venda, subfaturamento em compra, atraso de pagamentos, ficando com bens dados em garantia, ou pagando salários com datas postergadas.
Quando se trata de negociar com uma pessoa pobre, você é consciencioso com respeito ao pagamento voluntário pagamento do preço de mercado? Você é generoso e cuidadoso a respeito de não considerar um pagamento a valor inferior ao de mercado? Você revela tudo que você sabe a respeito do item que você está vendendo para eles? Você evita aplicar qualquer aspecto de intimidação ou de extorsão para forçar a decisão deles?
Se a sua intenção ou motivo é de ganhar dinheiro em cima do pobre, você está profanamente errado. Só porque uma transação possa ser legal em nosso país, isto não faz com que ele seja correto. Porque uma transação financeira está no seu “preço de mercado”, isto não quer dizer que está correto. Há um Deus no céu que mede e pesa todas essas tais transações. Fique atento!
Um cristão pode trabalhar em um banco onde o juro é cobrado ao povo pobre em empréstimos? Sim, pois do contrário, na maioria das profissões em nosso mundo, o ímpio seria condenado. Pode o cristão trabalhar em uma mercearia onde o vinho é vendido a beberrões? Pode um cristão trabalhar consertando telhados de escolas onde o evolucionismo é ensinado? Pode um cristão ser um hoteleiro onde uma mulher estranha exerce o seu trabalho?
O bom senso santificado é o que Provérbios quer nos dar. Se um vizinho pobre vem nos pedir um empréstimo a ser pago daí a duas semanas quando ele receber o seu salário, um homem bom lhe daria o empréstimo sem juros. Ele faria o mesmo se houvesse necessidade de consertar o único meio de transporte dele. Entretanto, se outro vizinho pobre desejasse financiar os brinquedos dos seus filhos ou começar um negócio ”passa tempo” através de você, a cobrança de juros seria perfeitamente normal. E os ricos não precisam de empréstimos isentos de juros, especialmente em se considerando que o objetivo é o seu negócio.
Deus cuida do pobre, e Ele julgará severamente aqueles que tentar tirar proveito deles. Quando você vê a opressão em sua região, especialmente contra os pobres, existe um que é mais alto do que os opressores (Ec 5:8). Ele é o pai dos órfãos e o Juiz da viúva (Sl 68:5).
O SENHOR considera a sua maneira de tratar os pobres como se estivesse tratando Dele (Pv 14:31; 17:5). Se você tiver compaixão pelos pobres e emprestar a eles, Ele certamente lhe recompensará (Pv 19:17). Se você negligenciar os pobres, Ele o negligenciará em sua hora de necessidade (Pv 21:13; 28:27). Homens de bem cuidam dos pobres (Pv 29:7,14; 31:9,20), os homens ímpios abusam dos pobres (Pv 28:3; 30:14). Um homem que é generoso com os pobres será abençoado (Pv 11:24; 22:9; 28:27), e feliz (Pv 14:21).
Conforme nos avisa o provérbio de hoje, o homem que tira vantagem do pobre pode até prosperar financeiramente por algum tempo. Mas o SENHOR vai tirar dele o seu ganho e vai dá-lo ao homem que tem uma consideração especial pelos pobres. Jesus disse, referindo-se ao homem que não usou sabiamente do seu um talento, “Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.” (Mt 25:28) Os ricos ficam mais ricos quando temem o SENHOR!
Você acaba de receber outra regra para o sucesso financeiro. Esteja atento às necessidades dos pobres e seja generoso para com eles. Nunca pense em proteger o seu patrimônio. Dê e ser-lhe-á dado. Dê generosamente e Deus abrirá as janelas do céu para você. Espalhe o seu dinheiro e isso lhe trará incremento financeiro!
Você dá gorjetas generosas nos restaurantes, onde os pobres encontram empregos como garçons, ajudantes de garçons, lavadores de pratos? Você dá gorjetas generosas em quartos de hotéis, onde os pobres encontram emprego de arrumadeiras, faxineiras? Você sempre tem consideração para com os pobres em todas as suas transações e encontros?
O amor do dinheiro é a raiz de todo o mal (ITm 6:6-10), e amá-lo o levará a tirar vantagem dos pobres. O homem que teme ao Senhor tem disposição de distribuir seus bens e ajudar os pobres (ITm 6:17-19). E isto é evidência da vida eterna.
O nosso abençoado Senhor, O qual é dono do gado nas mil montanhas e cujas riquezas nunca poderão ser exauridas, escolheu os pobres neste mundo como objeto do Seu amor e generosidade (Tg 2:5). Vamos imitá-Lo e fazer o mesmo (Tg 2:1-10; IJo 3:16-19).