O câncer de mama pode ser evitado com hábitos de vida saudável. O controle do peso e da gordura corporal e a redução do consumo de álcool são alguns deles.
Como se sabe, o mês de outubro é marcado pela conscientização sobre o câncer de mama, doença que, embora não tenha uma alta taxa de mortalidade, tem se alastrado cada vez mais entre as mulheres dos mais diversos países do mundo.
Segundo dados da Gobocan, divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2019 foram estimados mais de 2 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo. Além disso, os pesquisadores estimaram também que quase 630 mil mulheres perderiam a vida, vitimadas por essa doença.
No Brasil, segundo o Inca, quase 60 mil mulheres desenvolveriam a doença em 2019, o que representa 29,5% dos casos de câncer entre mulheres. Nas grandes capitais brasileiras, a incidência tende a ser maior. Na década de 2010, a idade mediana das mulheres diagnosticadas com câncer foi de 56 anos.
Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), um dos grandes problemas do câncer de mama no Brasil é que as mulheres mais pobres, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), não conseguem um diagnóstico rápido. O mesmo acontece com o tratamento que também tende a demorar. Isso não acontece com as mulheres da classe média e alta que têm o diagnóstico e o tratamento mais céleres.
É possível prevenir o câncer de mama?
Quando o assunto é saúde, sabe-se que a herança genética tem muita importância, ou seja, muitos casos de câncer, por exemplo, podem acontecer por causa do fator genético, porque a mãe, a avó ou as tias da paciente desenvolveram a doença.
Mas a herança hereditária não é tudo. Aliás, segundo o INCA, apenas 10% dos cânceres de mama estão relacionados, de alguma forma, com as mutações genéticas que causam os chamados “cânceres hereditários”. Ou seja, a incidência de câncer por fator genético é relativamente pequena.
Apesar disso, é importante ressaltar que mulheres que tiveram parentes de primeiro grau com câncer têm o dobro de chance de desenvolver a doença.
Mas, de forma geral, os fatores comportamentais e ambientais são mais significativos quando o assunto é câncer. Mulheres que consomem muito álcool, que estão acima do peso, ou que sofrem com irradiação ionizante, por exemplo, têm maiores chances de desenvolver o câncer de mama.
Considerando que esses fatores alheios à condição genética podem ser reformulados, pode-se afirmar que o câncer de mama é sim evitável ou prevenível.
Hábitos de vida saudável ajudam a evitar o câncer de mama
Ainda segundo o Inca, para evitar o câncer de mama é imprescindível que as mulheres tenham hábitos de vida mais saudáveis, como praticar atividade física regular e controlar o peso.
Controle do peso
Uma das formas mais efetivas de tentar evitar o câncer de mama é com o controle do peso e da gordura corporal. Segundo os oncologistas, um organismo obeso está associado a um processo inflamatório constante, ou seja, o organismo tem mais dificuldade de controlar hormônios sexuais e a insulina, por exemplo.
Com essa situação de desregulagem hormonal, o organismo fica mais propenso ao desenvolvimento de doenças diversas, incluindo o próprio câncer. Por isso é tão importante manter os níveis de gordura e de peso de acordo com os indicados para a idade e altura da pessoa.
Redução da ingestão de álcool
Segundo os médicos, não há um nível de ingestão de álcool que seja seguro ou adequado. Ou seja, essa é uma substância que, se puder, deve ser completamente suprimida.
Os especialistas apontam que o álcool faz o organismo produzir mais “espécies reativas de oxigênio” que estão ligadas a uma maior degradação do DNA. O álcool também pode funcionar como um solvente que facilita que as células cancerígenas penetrem no organismo.
Atividades físicas regulares
A prática regular de atividades físicas está relacionada a diversos benefícios, como a diminuição de quadros de depressão ou de ansiedade.
Para as pessoas que querem evitar o câncer, é válido pontuar que as atividades físicas ajudam a diminuir a obesidade e o nível de gordura no organismo que, como já dito, são fatores de risco.
Além disso, as atividades regulares ajudam no equilíbrio dos hormônios sexuais e da insulina, ajudando a reduzir as chances de se desenvolver o câncer mamário.
Amamentação
Outro comportamento que ajuda a reduzir os riscos de desenvolver o câncer de mama é a amamentação. Segundo os oncologistas, o processo de renovação celular é mais rápido por causa da amamentação, o que ajuda a eliminar as células cancerígenas.
Além disso, o aleitamento materno também ajuda na regulagem dos hormônios, o que protege o corpo contra doenças como o câncer.