José Antônio da Silva Júnior, da MC Empreendimentos, dá dicas de como ser bem sucedido no ramo
O ano de 2019 se mostrou otimista quando o assunto são empreendimentos imobiliários. E essa é uma excelente notícia, já que a construção civil é 6% do PIB (Produto Interno Bruto).
Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que são justamente os que custeiam as moradias de médio e alto padrões, em abril atingiram R$ 5,77 bilhões, valor 2,2% maior em relação a março e 40,3% mais alto comparado ao mesmo mês de 2018.
Uma pesquisa da Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo (Arisp), a cidade de São Paulo, com o maior mercado imobiliário do Brasil, teve um crescimento de 2,33% nas operações de compra e venda, segundo os registros em cartório.
Se agora é a hora de investir ou ao menos começar a pensar no assunto, fomos conversar com José Antônio da Silva Júnior, sócio-diretor da MC Empreendimentos, atuante principalmente no Estado de Minas Gerais.
Com experiência para públicos diversificados, inclusive de alto padrão, nesse bate-papo podemos ter um panorama ainda mais intensificado sobre o assunto, Confira!
O que é essencial para uma empresa que trabalha com empreendimentos imobiliários?
José Júnior – O essencial para uma empresa que trabalha no ramo de empreendimentos imobiliários são 5 pontos básicos:
- Pesquisa de mercado (avaliar a segurança financeira, jurídica e o público-alvo);
- Agilidade e qualidade na execução da infraestrutura;
- Tecnologia a seu favor na apresentação de projetos e gestão administrativa e financeira do empreendimento;
- Marketing assertivo;
- Pensar como o cliente, como você gostaria que seu bairro fosse.
Para quem não sabe, qual a diferença de uma incorporadora e uma construtora?
JJ – A Incorporadora é a empresa que idealiza um empreendimento, negocia as áreas e a que mais se arrisca financeiramente. Já a Construtora é uma empresa responsável pela execução da infraestrutura física do empreendimento. Geralmente, esta última é contratada pela primeira.
No caso, a MC Empreendimentos se enquadra em qual delas?
JJ – A MC Empreendimentos é exclusivamente incorporadora no nicho de loteamentos.
Ao escolher parceiros e prestadores de serviços, o que é primordial avaliar?
JJ – Ao escolher parceiros e prestadores de serviços é primordial se atentar na idoneidade da empresa a ser contratada, principalmente na fidelidade da execução do projeto. Porque, se a empresa não cumprir todas as especificações, como espessura e qualidade de pavimentação , dimensões de tubos etc., o retrabalho fica muito oneroso e seu prospecto de lucro será atingido.
Então, para que se tenha uma fiscalização tranquila juntamente à prefeitura no momento da entrega do empreendimento, há a necessidade de tudo estar de acordo com os projetos apresentados. E lembrando que a responsabilidade civil de sua empresa está atrela por anos ao empreendimento.
Em um mundo de tanta tecnologia e também com cobranças sustentáveis, como o nicho de empreendimentos imobiliários se adapta a essas demandas?
JJ – O mercado imobiliário, como um todo, sempre foi tradicional, mas assim como todas as demais áreas da nossa vida, tem recebido a tecnologia como algo que agrega e traz benefícios em diversos aspectos. Então, com o desenvolvimento tecnológico, as barreiras diminuíram e nosso marketing atinge melhor o público-alvo.
Acredito que o marketing foi um dos pontos que mais se enriqueceu. Além disso, hoje os projetos são mais realistas: o cliente pode visualizar melhor o que vai adquirir, vendo os projetos em 3D, analisando imagens áreas com fotos de alta resolução e tudo na palma da sua mão.
A pesquisa de mercado, da segurança jurídica do negócio a se realizar, da parceria a se firmar, tudo tem mais credibilidade. As informações são mais completas, mais acessíveis, bem como são mais compreensíveis os softwares de gestão, administração e financeiro, que são ferramentas fundamentais para o melhor gerenciamento do negócio e possibilitam uma maior transparência para o cliente (sempre!).
A sustentabilidade nas obras, de modo geral, também se moderniza cada vez mais com a tecnologia. Por exemplo, hoje, implantações relativamente de baixo custo de ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e ETA ( Estação de Tratamento de Água) já são realidade e, muitas vezes, exigidas em alguns projetos.
E, por tudo isso, essa adaptação e inovação contínuas são objetivos para a MC Empreendimentos.
Em Rondônia, por exemplo, em que estamos em meio a vastas extensões da Floresta Amazônia, tantos parques e rios, deve (ou pelo menos deveria) haver a preocupação com a preservação do meio ambiente. Quais são as leis, normas e todas as obrigações que as empresas como vocês precisam seguir nesse contexto?
JJ – Os empreendimentos imobiliários que envolvem o parcelamento de solo devem observar primeiramente a Lei Federal 6.766/1979, que é a lei federal de parcelamento do solo. Esta lei estabelece as principais regras a serem ressaltadas por qualquer empreendedor do ramo no território nacional, não apenas normas que tratam de procedimentos legais e cuidados técnicos para a infraestrutura a ser construída, como também normas de preservação ambiental. Por exemplo, a lei protege as áreas de preservações permanentes que possam ser encontradas nas áreas que serão parceladas.
Além desta lei federal, existem normas estaduais que tratam do parcelamento do solo e, geralmente, fiscalizam mais a fundo a questão ambiental, especialmente quando os empreendimentos envolvem áreas de reservatório de água ou que possuem resquícios de vegetação nativa. Em Minas Gerais, temos o Decreto Estadual 44.646/2007.
E, por fim, cada município estabelece suas próprias diretrizes para o parcelamento do solo, que complementam as normas estaduais e federais, inclusive na proteção do meio ambiente. São os municípios que devem, por exemplo, estabelecer o percentual de área verde que será exigido no empreendimento.
Embora seja variável, esta área sempre existe, exatamente por sua relevância para a manutenção de qualidade de vida como um todo, quando pensamos em expansão e crescimento urbanos.
Em nossa empresa, sempre que vamos iniciar um empreendimento, primeiramente fazemos contato através de nosso departamento jurídico e de engenharia com a Administração Municipal, para nos informar sobre as normas locais que deveremos observar e, posteriormente, quando os projetos são submetidos para a análise do Poder Público, realizamos quaisquer modificações que sejam necessárias, conforme apontado pelo próprio Município, em regra representado por seu CODEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), que sempre coloca a preservação como prioridade.
Entender o concorrente é um item importante em qualquer negócio. No caso específico dessa área, como funciona e como a MC atua para de destacar ainda mais?
JJ – Entender o concorrente é crucial. A MC Empreendimentos procura sempre entender, estudar e conversar com os concorrentes para filtrar as boas experiências e, com isso, aplicar na empresa para melhorarmos e aperfeiçoarmos para cada vez mais oferecer um produto de excelência.
Hoje vocês atuam em quais regiões do País? E pretendem expandir para quais outras?
JJ – Hoje, a MC Empreendimentos está em mais de 10 municípios de Minas Gerais, com empreendimentos que se encontram em fases diversas de aprovação e implantação e para públicos distintos, inclusive empreendimentos de alto padrão. Além disso, já iniciamos nossa expansão para outros estados, começando pelo interior São Paulo, que possui um mercado imobiliário promissor.
Nossa intenção de expansão é concreta e sem fronteiras , mas com cautela, pois não queremos que a velocidade dessa expansão interfira na qualidade do produto.
Quantos projetos já foram concretizados e quais estão em andamento?
JJ – A MC Empreendimentos é um negócio familiar e, como empresa formalizada, é relativamente nova, mas veio da ramificação de uma outra empresa familiar de tradição, com mais de 26 anos no mercado, período em que obteve muito “know-how” no mercado imobiliário para se consolidar como uma empresa de confiança.
Hoje temos 2 empreendimentos prontos, 4 em fase de execução, 5 em fase final de aprovação e outros se iniciando, ainda na fase de projetos, mas já com os estudos de viabilidade realizados e contratos de parcerias firmados.
Por fim, quais dicas você dá para empreendedores que estão começando e desejam ter sucesso nos negócios, como você?
JJ – Siga alguns passos essenciais: mantenha seu caixa sólido, seja resiliente e tenha fé, pois precisará trabalhar com a consciência de que o retorno será a médio e a longo prazo. Não faça negócios buscando lucro unilateral, pois poderá se prejudicar e, principalmente, mantenha-se sempre íntegro, justo e ético.
Dessa forma, seu nome precederá seus lucros e lhe possibilitará o crescimento!
Serviço:
MC Empreendimentos – www.mcempreedimento.com.br