Depois da Fifa dar razão ao Atlético Nacional na cobrança de 3 milhões de dólares (pouco mais de R$ 16 milhões) referentes à venda de Borja, o Palmeiras, através do advogado André Sica, não mostrou muita preocupação em ter de desembolsar o valor dentro do prazo estabelecido de 45 dias. Em entrevista ao Fox Sports, Sica explicou o caso e afirmou que o Verdão recorrerá à Corte Arbitral do Esporte, que é a última instância, e que por isso não vê chance do pagamento ser feito tão rapidamente. “É uma questão de interpretação. O Palmeiras entende que pode pagar até o final do contrato. A Fifa, como vocês viram, entendeu de uma outra maneira, que deveria ter sido pago em outro momento. Nós seguimos discordando. O fato do Atlético Nacional publicar isso é uma grande besteira. O Palmeiras pediu o fundamento da decisão, vamos recorrer ao CAS. Eles averiguarão o processo, ele vão apresentar razões de apelação. Ao final desse processo vamos pagar o valor. Mas não é nem próximo de ser para agora” disse o advogado. Otimista, Sica não descarta inclusive a possibilidade de um acordo: “Falo muito com o presidente e com o advogado deles. Temos, mesmo com a ação vigente, soluções alternativas, mas o assunto não está longe de resolver, não. Seja pela transferência do Borja ou por algum tipo de acordo entre as partes”. Para contratar Borja em 2017 o Palmeiras desembolsou R$ 34 milhões por 70% dos direitos econômicos, e se comprometeu a comprar os 30% restantes se não negociasse o jogador nos 3 primeiros anos do contrato. O Nacional entende que o prazo se esgotou em agosto de 2019, enquanto que o Verdão diz poder pagar até o final do vínculo, em 2022.
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