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O grupo de trabalho coordenado pelo vice-reitor da Universidade de São Paulo (USP), Antonio Carlos Hernandes, apresentou nesta terça-feira (16) o plano de readequação das atividades acadêmicas para o segundo semestre deste ano. O documento foi apresentado durante a reunião de dirigentes, que contou com cerca de 130 diretores e vice-diretores da instituição de ensino.
De acordo com o planejamento, elaborado a partir da sistematização das propostas enviadas pelas Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos da Universidade, tanto as aulas de graduação quanto de pós-graduação deverão continuar sendo ministradas de forma remota a partir do mês de agosto. Para a elaboração do relatório, o grupo também considerou documentos publicados pelo Governo de São Paulo.
“Nossa premissa básica está fundamentada na proteção e na preservação da saúde de nossa comunidade universitária”, destacou o reitor da universidade, Vahan Agopyan, ao Jornal da USP.
Segundo o pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, o primeiro semestre letivo deverá ser encerrado no dia 18 de julho, com posterior período de férias, e início das aulas não presenciais do segundo semestre no dia 18 de agosto.
As aulas e atividades práticas de 2020 deverão ser repostas no período de janeiro a março do próximo ano. “É importante destacar que esse calendário poderá ser revisto no momento em que a situação epidemiológica for favorável”, ressaltou Baracat ao Jornal da USP.
Atualmente, das quase seis mil disciplinas teóricas que seriam oferecidas presencialmente no primeiro semestre, 92% foram ministradas a distância com a utilização das plataformas e-Aulas e e-Disciplinas. As atividades presenciais estão suspensas na USP desde o dia 17 de março.
‘Novo normal’
No caso da pós-graduação, o pró-reitor adjunto da área, Márcio de Castro Silva Filho, explicou que as aulas não presenciais também deverão ser mantidas, com os mesmos procedimentos adotados no primeiro semestre.
Nesse período, 1.116 disciplinas estão sendo oferecidas na modalidade não presencial e já foram realizados 631 exames de qualificação, 431 defesas de mestrado e 295 defesas de doutorado.
“Nosso ‘novo normal’ será diferente. Não teremos de volta a mesma realidade do início do ano e estamos no comando de uma instituição exemplar mundialmente e com muita responsabilidade. Temos de dar respostas às demandas internas e externas e teremos muitos desafios pela frente. A mudança cultural não é simples, pois estamos rediscutindo conceitos e precisamos decisões diante das incertezas”, considerou o reitor.
Também ficou definido que os campi da universidade devem continuar com restrição de acesso e atividades como viagens nacionais e ao exterior, recebimento de estrangeiros, trabalhos de campo, eventos científicos, artísticos, culturais e esportivos presenciais devem continuar suspensos.
Além disso, restaurantes, bibliotecas, centros esportivos e culturais e auditórios e anfiteatros devem permanecer fechados e o desenvolvimento das atividades administrativas permanecer de forma remota.