Com aprovação da Câmara, PEC do novo Fundeb irá para votação no Senado Federal. Medida pode favorecer a realização de novos concursos para a Educação!
PEC pode favorecer novos concursos na Educação
No dia 21 de julho, foi aprovada pela Câmara dos Deputados a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que torna permanente o Fundeb (Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais de Educação).
O projeto aprovado eleva a participação financeira da União, podendo favorecer a realização de novos concursos para a Educação.
Mediante a aprovação do Fundeb, a contribuição da União para o Fundo da Educação irá crescer de forma gradativa, durante os anos de 2021 a 2026.
Nos próximos 06 meses, a parcela da União deverá passar dos atuais 10% para 23% do total do Fundeb, por meio de acréscimos anuais. Os aumentos serão os seguintes:
- Ano 2021: Aumento de 12%;
- Ano 2022: Aumento de 15%;
- Ano 2023: Aumento de 17%;
- Ano 2024: Aumento de 19%;
- Ano 2025: Aumento de 21%;
- Ano 2026: Aumento de 23%.
Os valores colocados pelo Governo Federal, irão continuar a ser distribuídos para os estados que não alcançarem o valor anual mínimo aplicado por aluno na Educação.
Da mesma forma, o Fundo continuará recebendo o equivalente a 20% dos impostos municipais e estaduais e das transferências constitucionais de parte dos tributos federais.
Com mais investimento do Governo Federal no Fundeb, estados e municípios poderão investir mais na Educação. Dessa maneira, concursos públicos devem ser realizados para suprir as vacâncias de cada região.
Entenda o Fundeb
Criado no ano de 2007, o Fundeb expiraria em 2020, por isso foi necessário a tramitação de um novo projeto. O Fundo funciona como uma conta bancária, que recebe 20% do que é arrecadado em impostos, na maioria estaduais.
O dinheiro é então dividido pelo número de alunos em cada estado. O resultado dessa conta não pode ser inferior ao valor mínimo por estudante estipulado pelo Governo Federal (cerca de R$ 3.000,00). Os estados mais pobres ganham ajuda financeira da União, que hoje representa 10% do Fundeb.
Entretanto, com a aprovação da nova proposta, o auxílio do governo passará para 23%, no ano de 2026.
Piso salarial para o cargo de Professor
No ano passado, o Fundeb distribuiu R$ 156,3 bilhões para a rede pública. No momento, é garantido pelo Fundo dois terços dos recursos que os municípios investem em Educação.
Dos 13 pontos percentuais a mais que a União deverá colocar no Fundeb, 10,5 pontos deverão complementar cada rede de ensino municipal, distrital ou estadual. A complementação deverá ocorrer sempre que o VAAT (Valor Anual Total por Aluno) não atingir o mínimo definido nacionalmente.
Uma futura Lei deverá definir vários detalhes sobre o Fundeb. Outra regra determina que, no mínimo, 70% dos recursos extras poderão pagar salários dos profissionais da Educação, hoje esse piso é de 60% e só beneficia professores, e pelo menos, 15% terão que custear investimentos nas escolas.
“Se o Fundeb não fosse renovado, nós teríamos um apagão na Educação. Grande parte dos salários dos professores é pago graças ao Fundeb, além da maioria dos investimentos na área”, informou o secretário da Educação da Paraíba, Cláudio Furtado.
Ainda em relação aos professores, uma Lei específica irá definir o piso salarial nacional para a educação básica pública. A partir da vigência da futura Emenda Constitucional, fica explícito que o dinheiro do Fundeb não poderá ser usado para pagar aposentadorias e pensões.
Mediante a aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC do novo Fundeb já está tramitando no Senado Federal. De acordo com o senador Flávio Arns (Rede-PR), relator da proposta, a votação na Casa Legislativa deve ocorrer no mês de agosto.