O Balanço Energético 2020, divulgado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA) nesta quarta-feira (16), mostra que São Paulo registrou em 2019 a menor emissão de dióxido de carbono per capita da história. Pela primeira vez, a emissão do gás por paulista ficou em 1,614 de toneladas de CO2 por ano. Entre 2009 e 2019, o estado também alcançou maior produção e consumo de etanol hidratado, com 10,8 e 11,6 bilhões de litros do combustível, respectivamente.
“Por duas vezes, nos últimos dez anos, São Paulo ultrapassou a marca de 60% da matriz energética com energias renováveis, o que reflete diretamente na qualidade de vida da nossa população. Paralelamente, o Produto Interno Bruto Brasil [PIB] paulista cresceu 2,8% em 2019. Isso mostra o quanto é importante a política do Governo de São Paulo em aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade”, explicou o secretário da SIMA, Marcos Penido.
A oferta total de energia registrou um acréscimo de 2,3% e o consumo final cresceu 1,5%, ambos em relação ao ano anterior. O documento aponta ainda outros dados importantes, como o consumo médio de eletricidade de 151 GWh no Estado e os maiores consumidores por setor, estando o industrial (42%) no topo da lista, seguido por transportes (34%) e residencial com 8%.
“O resultado desse estudo nos mostra que as políticas públicas para controle de poluição, tanto do Governo Estadual quanto do Federal, estão surtindo efeito. Com a eletrificação da frota, o uso do biometano, do biodiesel e do etanol, esperamos melhorar ainda mais a qualidade do ar que respiramos”, ressaltou a diretora-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Patrícia Iglecias.
Demanda de energia
Em termos energéticos, a suficiência de energia (oferta menos importação e perdas) foi de 58,2%. Na participação do consumo por combustível, os derivados de petróleo representam 34%; seguido pelo bagaço de cana, com 24%; a hídrica (19%); o etanol etílico (10%); o gás natural (7%) e as demais 6%.
O estudo elaborado anualmente pela SIMA contabiliza a geração e o consumo de energia, assim como a emissão do poluente também conhecido como gás carbônico.
Os dados e as informações contidas no balanço devem ser observados como um instrumento que auxilia estudos, análises e discussões dos aspectos técnicos na área energética paulista, especialmente aqueles voltados à oferta e à demanda de energia.
Os dados do Balanço Energético do Estado de São Paulo 2020, ano base 2019, são coletados junto às concessionárias de energia, agências, associações e sindicatos que representam o setor. Entre eles estão: Grupo CPFL, Enel, Energisa, Elektro, EDP, Comgas, Naturgy e Gásbrasiliano, Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e Associação Brasileira de Metalurgia (ABM).
As estimativas das emissões de CO2 são calculadas segundo a metodologia mais utilizada internacionalmente, consolidada no âmbito do Green House Gas Inventory – Reference Manual, com a participação do Intergovernmental Panel on Climate Change, International Energy Agency, Organization for Economic Cooperation and Development United Nations Environment Programme. A unidade apresentada nos balanços consolidados é o toe (tonelada de óleo equivalente).
Os interessados podem conferir, pela internet, a apresentação resumida ou o estudo completo.