Em nota encaminhada a imprensa nesta segunda-feira, 20, o Sindicato dos Urbanitários (Sindur) tentou desqualificar a notícia dos marajás na Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), mas não explicou como um grupo de 9 servidores recebe R$ 66.149,69 por mês; um de seus diretores ganha mais de R$ 22 mil e o caso suspeito de uma servidora que passou 6 anos em Belém (PA), retornou aos quadros da empresa, e foi agraciada com uma gratificação que lhe garante hoje a quantia de R$ 10.968,93 mensais.
No documento, o sindicato também contesta a informação da Operação Kairós que não teria chegado a sede da entidade. Na verdade, os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) estiveram na sede do Sindur para cumprir mandado determinando que o secretário de Saneamento e Política Ambiental, Wilson Lopes, não aproximasse do prédio da Caerd. Lopes era diretor-técnico da Caerd na gestão acusada de direcionar cerca de R$ 8 milhões em licitações públicas.
Segundo o Sindur, “a média salarial dos trabalhadores do quadro próprio da empresa é de R$ 4 mil”. Meses atrás, o Tribunal de Contas recebeu relatório de auditoria interna da Caerd denunciando o caso das gratificações irregulares promovidas durante a gestão compartilhada, época em que Sindur e Governo administravam a companhia. Um grupo de servidores encabeça uma lista de super salários cuja média ultrapassa a casa de R$ 7 mil e há casos de dois deles recebendo R$ 10 mil e 22 mil. O caso está na Promotoria da Probidade Administrativa e o MP deve pedir ação cível junto a Vara da Fazenda Pública exigindo a devolução dos recursos públicos recebidos a maior durante os últimos anos.
Fonte: Rondoniagora