As Estatísticas de Registro Civil, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (09), mostraram que, assim como em 2018, Rondônia apresentou a maior taxa de casamentos do país em 2019. Enquanto o Brasil registrou 6,18 casamentos a cada mil habitantes com mais de 15 anos, Rondônia tem uma taxa de 9,34. A Unidade da Federação com o menor índice é o Piauí, com 3,73. Em 1974, a taxa brasileira era de 13,0.
A pesquisa também mostrou que o mês de dezembro é o preferido dos rondonienses para realização de casamentos. Dos 12.435 casamentos realizados em Rondônia em 2019, 10,2% (1.342) ocorreram no último mês do ano. Julho (1.272 casamentos) e agosto (1.171) completam a lista dos meses preferidos pelos rondonienses.
Em relação à idade ao casar, ela tem aumentado tanto para homens quanto para mulheres. Em 2009, os homens que casaram tinham em média 28,8 anos e as mulheres tinham 25,3 anos. Já em 2019, estas médias de idades foram de 30,1 anos para homens e 27,2 anos para mulheres.
Apesar de ter a maior taxa de casamento, os matrimônios em Rondônia têm uma das menores durações. Em 2019, os casamentos no estado duravam em média 10,4 anos, 6,5 anos a menos que a média de 2009. Os casamentos com menor duração, em 2019, estavam no Acre (10,2 anos) e os com maior duração foram identificados no Piauí (17,6 anos).
Os dados de Registro Civil mostraram ainda que, em Rondônia no ano de 2019, 21,1% dos divórcios ocorreram em casamentos com até dois anos. O índice foi praticamente o mesmo que o registrado em 2018, quando o estado apresentou 21,2%.
Os divórcios de casamentos com mais de 20 anos representaram 16,6% em Rondônia no ano de 2019, enquanto que, em 2018, eles foram 17,8%. Em todo o Brasil, em 2019, os divórcios de casamentos mais longos foram o com maior proporção, representando 25,5% do total de divórcios concedidos em 1ª instância.
A pesquisa demonstrou também que dos 3.780 processos de divórcio concedidos em 1ª instância em Rondônia em 2019, 69,6% foram consensuais. Entre os não-consensuais, 56,9% foram requeridos pela mulher.
Dos divórcios concedidos em 1ª instância em 2019, em 1.943 deles havia filhos menores de idade. Em 57,8%, a guarda dos menores ficou sob responsabilidade da mulher.
Mas observa-se um aumento gradual de guarda compartilhada ao longo dos anos. Em 2014, os filhos ficavam sob a tutela de ambos os cônjuges em apenas 8,9% dos divórcios. Já 2019, este índice foi de 34,2%.
As Estatísticas apontaram ainda que, entre os divórcios concedidos em 1ª instância, em 16% os homens tinham idades entre 35 e 39 anos. O grupo formado por homens com idades entre 30 e 34 anos representou 15,3% e os com idades entre 40 e 44 anos corresponderam a 14,8%.
Em relação às mulheres, o grupo com idade entre 35 e 39 anos também foi a maior parte: 17,7%. Assim como os homens, o segundo grupo com a maior representação foi o formado por mulheres que tinham entre 30 e 34 anos (16,1%), mas o terceiro mais representativo foi o de mulheres com idades entre 25 e 29 anos (14,4%).
Março é o mês com maior número de nascimentos
As Estatísticas de Registro Civil também trazem informações referentes aos números de nascidos vivos. A pesquisa apontou que, no estado de Rondônia, houve uma pequena queda de 3,5% de nascidos vivos entre 2018 e 2019, quando nasceram 26.871 crianças, sendo 51,2% do sexo masculino e 48,8% do sexo feminino.
No Brasil, os meses com os maiores números de nascimentos, em 2019, foram março, maio e abril. Assim como o país, Rondônia também tem os maiores números de nascimentos nos meses de março a maio, seguidos por pouca diferença de setembro.
Outro ponto importante da pesquisa é em relação à idade das parturientes. Das 26.871 crianças nascidas em todo o estado em 2019, 26,9% tinham as mães com idades entre 20 e 24 anos, 25,8% das mães tinham idades entre 25 e 29 anos e 18,4% tinham idades entre 30 e 34 anos.
Rondônia tem a sexta maior taxa de mortes não-naturais
Em relação aos óbitos ocorridos em Rondônia, pôde-se observar que desde 2016 houve uma diminuição gradativa na proporção de mortes não-naturais, que incluem homicídios, suicídios e acidentes de trânsito.
Em 2016, 13,2% dos óbitos ocorridos foram em decorrência de causas não-naturais. Já em 2019, esta proporção foi de 10,8%. Esta taxa é a sexta maior do país, ficando atrás de Amapá (14,7%), Pará (12,3%), Tocantins (12%), Bahia (11%) e Sergipe (10,9%).
Entre os falecidos por causas naturais, os homens representaram 59%. Já entre os que morreram em decorrência de causas não naturais, a proporção masculina foi de 80,8%.
Também foi constatado que, em Rondônia no ano de 2019, 300 crianças morreram antes de completar um ano de vida. Porto Velho foi responsável por 36% destas ocorrências.
Fonte:Assessoria