O polêmico caso de compra de celulares para os vereadores da Câmara de Ariquemes tomou conta das redes sociais nesta última semana do ano de 2020. A Câmara Municipal iniciou processo de licitação no valor superior a 34 mil reais para aquisição de 14 aparelhos celulares. O fato caiu na boca do povo e foi rechaçado massivamente em posts e comentários nas redes sociais.
Várias publicações chamaram a atenção pra questão imoral de adquirir smartphones para os vereadores municipais, uma vez que todos ganham altos salários, inclusive, muito acima da média da maioria das pessoas da cidade.
Segundo o Portal Transparência da Câmara de Ariquemes, no dia 17 de novembro, a Secretaria Geral enviou um memorando para o Gabinete da Presidência, o qual não foi assinado pela vereadora Carla Redano. Mesmo assim o processo de compra seguiu todos os tramites, inclusive com parecer do jurídico da Casa e publicação feita em diário oficial.
Tudo transcorreu normalmente, até que os detalhes desta compra fossem publicados no Portal Transparência e nesta segunda-feira (28) a notícia tomou conta da cidade.
Vereador Barulho de Carriola
O vereador Rafael Éo Fera, popularmente conhecido como barulho de carriola, voltou a fazer o barulho, fez vídeo e combateu a ideia da compra dos celulares, sempre salientando a falta de necessidade deste investimento.
O vereador também entrou com um mandado de segurança na Justiça (processo n° 7016492-55.2020.8.22.0002) com o objetivo de por um fim na compra dos celulares, que até o momento, se encontra concluso para decisão do juiz.
Outras personalidades da cidade, inclusive a página Ariquemes Mil Grau, também noticiaram esse processo de compra, chamando a atenção para imoralidade ora acontecia na Casa de Leis.
Posição da presidente Carla Redano
A própria presidente da Câmara e prefeita eleita de Ariquemes, Carla Redano, afirmou em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que não autorizou a aquisição, mas não explicou como um processo pode transcorrer sem sua anuência no memorando inicial.
Mas…
A questão complicada mesmo é a situação dos subordinados de Carla Redano, que segundo ela mesma, em sua gestão na Câmara Municipal, deram andamento em um importante processo de compra sem sequer receber a autorização da presidente. Sem essa autorização, este processo nunca deveria ter saído daquele memorando inicial. Este fato coloca em cheque uma cadeia de comando. Poder ser uma simples falta de respeito ou até mesmo falta de liderança por parte de quem está acima na cadeia de comando.
Depois de toda a polêmica, segue abaixo o termo de cancelamento publicado nesta terça-feira, 29 de dezembro.