Você vive livre de riscos tanto quanto é possível? Deus espera que você administre os seus riscos com cuidado. Ele não lhe deu o que você tem para que você os perdesse por preguiça, otimismo insensato, negociações simplistas, ou inadequado gerenciamento de risco. Ele espera que você seja prudente – olhar para frente com cautela, enxergar problemas potenciais e se proteger (Pv 22:3; 27:12). Se você pressupõe que Ele o proteja assim mesmo, você está pecando , tentando-O (Mt 4:5-7).
Gerenciamento de risco é uma parte importante da prudência e do sucesso financeiro. Num mundo de incertezas, que você não sabe o que poderá acontecer amanhã, onde muitos não pagam seus empréstimos, onde os ventos da política muda com frequência, onde criminosos planejam novos meios de defraudar pessoas honestas, onde a internet o expõe a todos os tipos de fraudes e embustes financeiros, você precisa acessar pessimistamente seus riscos e se proteger de perdas desnecessárias.
O rei Salomão alertou o seu filho a respeito dos riscos financeiros. Era uma tentação comum, especialmente para um príncipe rico, garantir as dívidas de outros. O desejo de ajudar aqueles que estavam necessitados, fosse por caridade ou orgulho, poderia ser uma ameaça à sua riqueza. O homem sábio viu o perigo de comprometer demais o seu capital e repetidamente advertiu contra isso para a prosperidade econômica do seu filho e do seu povo (Pv 6:1-5; 11:15; 17:18; 20:16; 27:13).
Chegar a um acordo – apertando as mãos – selava um negócio (Pv 6:1; 17:18; Jó 17:3; Sl 144:8,11). Este gesto simples de cometimento financeiro poderia ter sérias consequências. Praticado às pressas sem a devida consideração, um homem poderia criar responsabilidades contingentes suficientes e se ver obrigado a pagar dívidas suficientes de outros ao ponto de se acabar financeiramente (Pv 22:27). Pequenos riscos é uma coisa, mas arriscando a sua casa e seus pertences são inaceitáveis!
Bondade vizinha ou irmãmente para auxiliar um homem pobre passando necessidade ou um homem bem sucedido com investimentos seguros são duas possibilidades de assinar em garantia, se o valor envolvido da responsabilidade possa ser facilmente pago. Mas assumir dívida, com excesso de confiança, para impressionar a outros é uma tolice vangloriosa e uma receita para o desastre. Dê ao pobre o que ele necessita ao invés de assumir responsabilidade que pode ser esquecida. Diga ao negociante para encontrar outro fundo de investimento; se a operação é tão boa quanto ele afirma que é, sempre haverá fundos suficientes para a operação dele.
Você é prudente com a sua receita e bens que Deus lhe deu? Um sintoma dessa geração insensata são as falências pessoais e corporativas. Nações, também, estão próximas da falência. Homens sábios minimizam dívidas, fogem de riscos desnecessários, evitam contra assinar garantias em empréstimos, mantêm uma poupança, investem cautelosamente, adquirem seguros e trabalham diligentemente num ramo ou numa indústria segura. Eles não se colocam numa situação em que podem perder tudo por falência e transferir a sua insensatez a outros. Eles assumem a responsabilidade de proteger a si mesmos e a outros, também.
Considere a maneira pela qual os americanos chegam a um acordo e assumem o insensato risco financeiro. Eles lançam mão do cartão diante da menor tentação ou impulso. Eles brincam com os cartões de crédito com gastos frívolos e desnecessários, e então a conta chega acrescida com altíssimas taxas. Muitos nunca conseguem sair desse buraco negro. Eles conseguem empurrar com a barriga pagando o valor mínimo da fatura e/ou usando outros cartões para financiar seus meios de vida. Mas o desastre está logo ali na frente! O custo do alto estilo de vida vai cair sobre eles. Salomão está advertindo você!
O governo estimula o excesso de gastos. Governos modernos com bancos centrais fazem poucas restrições fiscais porque eles querem comprar votos dos seus constituintes, solucionar todo problema, satisfazer lobistas e garantir a amizade de outros legisladores que praticam as mesmas coisas! Eles preenchem cheques, aprovam orçamentos deficitários, e fazem promessas com pouco conhecimento ou consideração para com o custo total, porque acreditam que podem criar ou arranjar dinheiro por decreto ou pela impressão de dinheiro para pagar as suas contas (ou eles esperam poder sobreviver até se aposentarem quando a próxima administração terá que responder pelo pagamento da conta). Governos vão continuar gastando até ruir, de uma forma ou outra, o castelo de cartas (sistema financeiro de cada um deles).
Quando os ciclos de crescimento e queda chegam a um estágio de recessão ou de depressão eles culpam os consumidores por não gastarem o suficiente! Mesmo uma nação que tenha uma taxa de poupança negativa do total da sua população, o governo vai clamar para que os seus cidadãos gastem mais numa tentativa de ressuscitar os dias anteriores de prosperidade … mas o temor de perderem seus empregos e outros resultados de uma recessão forçam até mesmo os gastadores a diminuírem seus consumos.
A moderna propaganda, o marketing e o comprar comodidade também estimulam as pessoas a gastarem além das suas possibilidades. Uma barragem constante de arranjos sedutores e a necessidade implícita sobrepuja a precaução financeira de muitos, ou melhor, da maioria. Com novos cartões chegando regularmente pelo correio, é fácil se juntar a uma geração gastadora a caminho da casa dos pobres. O governo deveria exigir um aviso de alerta nos cartões de crédito, como se faz nos cigarros!
Homens prudentes não colocam os seus “ovos” em uma única cesta, não importa quão atrativo uma operação pareça. Eles diversificam seus investimentos e fonte de receita. Eles não entram em operações comerciais com pouco capital, porque eles sabem que é um puro convite para ter problemas. E eles não correm riscos ao construírem demais, comprando demais ou tendo um estilo de vida alto demais.
Eles enfatizam o lado negativo de qualquer possível retorno. Se calcularem a probabilidade de 50% de ganharem 25%, uma probabilidade de 30% de não terem lucro, e uma probabilidade de 20% de perder tudo, eles jogam a idéia no lixo, sem remorsos. Eles não gastam seus tempos acordados acrescentando às suas riquezas com possíveis sucessos. Eles entendem que até mesmo uma modesta probabilidade de de uma grande perda é demais para um homem prudente considerar.
Eles são adequadamente temerosos e céticos a respeito de uma exposição nua e crua de um investimento a uma perda significativa. Eles não zombam da idéia de fazer um “hedging” (margem adicional) ou de proteção de seus investimentos com alguma outra forma de compensação. Se uma idéia de investimento é verdadeiramente válida, então ela gerará um bom retorno mesmo quando se salvaguarda o investimento. Mas a mentalidade e a ganância da multidão os levam a se precipitarem na expectativa de enormes ganhos e retornos.
Fazer seguro não indica uma falta de confiança em Deus. Pelo contrário, indica um temor de Deus! Um homem que teme apropriadamente a Deus usará de quaisquer meios ao seu dispor para proteger aquilo que Deus lhe deu, pois no dia do juízo ele prestará contas. Deus e Salomão classificaram o homem que desperdiça os seus bens, bem ao lado do homem preguiçoso que nada tem (Pv 18:9). O seguro é uma fonte de proteção barata que completa totalmente este provérbio.
Os homens sábios sabem que as riquezas não são para sempre, por isso são diligentes em acessar todos os aspectos das suas receitas e da segurança dos seus bens (Pv 27:23-27). Eles entendem que a ingenuidade ou o otimismo não é um resultado de fé, mas de tolice! Eles sabem que trabalhando duro todos os dias, sem olhar para o futuro é pura ignorância e perigo. Eles periodicamente acessam seus resumos, suas companhia, suas indústrias, suas nações, e outros fatores, quaisquer.
O homem sábio sempre pergunta, “E se … ?” E a pergunta nada tem a ver com a possibilidade desse empreendimento ser extremamente bem sucedido e como irá gastar os seus milhões. A sua pergunta é sempre, e se o empreendimento falir, posso ainda sustentar a minha família e cumprir com as minhas obrigações? Salomão deu o seu aviso contra qualquer escolha financeira que cria riscos desnecessários. Você foi avisado!